Brasil, 2 de outubro de 2025
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Boeing adia estreia do 777X para 2027, impacto bilionário e novo atraso

O lançamento do Boeing 777X deve ocorrer só em 2027, gerando encargos contábeis de até US$ 4 bilhões, dizem fontes familiarizadas.

A Boeing anunciou que a estreia comercial do modelo 777X, prevista inicialmente para 2025, será adiada para o início de 2027. A informação foi divulgada por fontes próximas à fabricante, que pediram anonimato. O atraso pode resultar em encargos contábeis de até US$ 4 bilhões, sem efeito imediato em caixa, e reforça a crise enfrentada pela companhia americana.

Preparativos e expectativas diante do novo atraso

Executivos da Boeing já se preparam para o impacto financeiro do adiamento, que ocorre após diversos atrasos e problemas na certificação do avião. A companhia aérea alemã Lufthansa, maior cliente do modelo, não inclui o 777X em seus planos de frota antes de 2027, indicando cautela das principais operadoras. A Emirates também avalia que o início das operações deve acontecer apenas em 2027.

Impacto financeiro e estratégias da Boeing

Analistas estimam que o encargo contábil, sem efeito em caixa, pode variar entre US$ 2,5 bilhões e US$ 4 bilhões. A Boeing não detalhou os custos, mas executivos têm realizado reuniões com investidores para preparar uma mensagem que dilua o impacto ao longo do programa do avião. “Como vocês sabem, mesmo um pequeno atraso no cronograma do programa 777 tem um impacto financeiro grande porque estamos em situação de perdas antecipadas”, afirmou Kelly Ortberg, CEO da Boeing, na última semana.

Repercussões no mercado e na competição com Airbus

O 777X, com seis anos de atraso, é estratégico para a Boeing na disputa com a Airbus por fatia maior no mercado de aviões de longa distância. A companhia espera retomar a geração de caixa ainda neste ano, após anos de prejuízos, com a expectativa de que, ao final do programa, a produção se torne mais eficiente.

Na conferência de resultados prevista para 29 de outubro, a Boeing deve discutir o impacto do novo atraso e os custos adicionais, que se somam aos mais de US$ 11 bilhões já gastos com o projeto. Segundo analistas, a possibilidade de registrar uma despesa de até US$ 4 bilhões reforça o cenário de perdas antecipadas, que não terão recuperação nos primeiros 500 aviões produzidos.

Perspectivas futuras e desafios

Uma porta-voz da Boeing não quis comentar oficialmente o adiamento, enquanto uma representante da Lufthansa afirmou que o cronograma de entregas será definido pela fabricante. O CEO Kelly Ortberg não descartou a possibilidade de novos ajustes no calendário, enfatizando que a prioridade é controlar os custos e manter a confiança dos investidores.

Este atraso também afetará a entrada de receita e pode complicar a recuperação financeira da Boeing, especialmente diante da concorrência da Chinesa COMAC e de recentes dificuldades no mercado de veículos elétricos, como as baixas vendas da Tesla no segundo trimestre. O cenário reforça o desafio de retomar o controle de uma cadeia de produção que ainda enfrenta dificuldades após anos de crise na indústria aeronáutica.

Para mais informações, confira o reportagem completa.

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