Durante uma declaração publicada na última sexta-feira (1º), o bispo A. Elias Zaidan, presidente do Comitê de Justiça e Paz Internacional da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, solicitou orações intensas pelo encerramento do conflito armados na Faixa de Gaza. A situação, que dura quase dois anos, permanece sem uma resolução definitiva, com negociações em curso entre Israel e Hamas.
Chamada à oração e esperança na diplomacia
“Como comunidade internacional e povo de fé que se preocupa profundamente por todos os nossos irmãos e irmãs na terra de Cristo, não podemos perder essa oportunidade de buscar a paz”, afirmou Zaidan em seu comunicado publicado no dia 1º de outubro. O bispo destacou a importância de um esforço conjunto para alcançar uma solução pacífica, lembrando que ainda há esperança na mediação diplomática.
Ele também recordou as palavras do Papa Leo XIV, que manifestou esperança de que Hamas aceitasse uma proposta de paz, e reforçou a necessidade de diálogo. “No atual contexto tão difícil, qualquer plano de paz enfrentará desafios que exigirão esforço máximo de todas as partes envolvidas”, afirmou Zaidan, evocando a oração à Nossa Senhora, Seat of Wisdom, como inspiração para iniciativas de paz.
Detalhes do plano de paz de 20 pontos
O plano apresentado na semana passada, elaborado pelo ex-presidente Donald Trump, propõe uma série de medidas que, se aceitas pelo Hamas, poderiam interromper imediatamente os combates. Entre os principais pontos, está o cessar-fogo, a retirada das tropas israelenses, a libertação de prisioneiros de ambos os lados e o estabelecimento de uma governança transitória formada por palestinos e especialistas internacionais.
Segundo o documento, o Hamas teria que desmilitarizar e não intervir mais na administração da Faixa de Gaza, que permaneceria sob controle de uma autoridade transitória apoiada por países como Estados Unidos, Egito e Jordânia. Acordos de segurança, troca de prisioneiros e o desenvolvimento de um processo de diálogo interconfessional também fazem parte do pacote.
Perspectivas e desafios
Embora o plano ofereça uma possibilidade de estabilidade e reconhecimento internacional à Palestina, ele não contempla um calendário definido nem garante sua implementação. Desde 2015, o Estado da Palestina é reconhecido por mais de três quartos dos países do mundo, embora Estados Unidos e Israel mantenham o veto.
O plano não aborda também as atribulações em relação às comunidades israelenses e às zonas de assentamentos israelenses na Cisjordânia, cuja expansão tem sido contínua e acelerada desde junho, segundo dados das Nações Unidas. Tais questões representam obstáculos ainda não resolvidos no processo de paz.
Pedidos por reflexão e esperança
Zaidan concluiu sua mensagem solicitando que todos, independente de crença ou nacionalidade, se unam na oração. “Que Nossa Senhora, Seat of Wisdom, inspire a todas as partes uma sincera vontade de alcançar a paz”, declarou, reforçando a esperança de um futuro de convivência pacífica e cooperação entre israelenses e palestinos.
Para acompanhar os desdobramentos desta iniciativa e das negociações, continue acessando a notícia completa na Catholic News Agency.