Na sociedade contemporânea, a verdadeira essência do amor conjugal muitas vezes é perdida em meio a confusões e interpretações distorcidas. Neste contexto, Marlon e Ana Carolina Derosa, professores de Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius, destacam a importância de resgatar o valor do amor entre os casais como um caminho para fortalecer a família e promover a dignidade da vida humana. Durante um recente encontro da “Cultura da Vida”, eles abordaram as características essenciais do amor conjugal, conforme ensinamentos do Papa Francisco e da tradição da Igreja.
O amor conjugal segundo a Igreja
De acordo com a encíclica “Humanae Vitae”, o amor conjugal é descrito como livre, total, fiel e fecundo. Essa compreensão é crucial para que casais possam nutrir um amor que não se baseie em expectativas egoístas, mas sim em um compromisso profundo e duradouro. Marlon e Ana ressaltam que a fidelidade no matrimônio deve ser inabalável, abrangendo mente, corpo e alma. A entrega total ao parceiro é um dos pilares fundamentais desse amor.
O papel da família na cultura da vida
As famílias, portanto, têm um papel essencial em promover a cultura da vida. Marlon destaca que a união conjugal não deve restringir-se a uma relação meramente afetiva; ela deve se abrir à procriação, produzindo novas vidas. “O matrimonio é um ato de colaboração com Deus”, enfatiza. Ao se unirem, os esposos criam um ambiente propício para o surgimento de novas almas e para a continuidade da vida. Esse desígnio divino evidencia a beleza e a responsabilidade que cada família carrega.
A importância da educação sobre amor conjugal
Para que os jovens e futuros casais compreendam adequadamente a natureza do amor conjugal, Marlon e Ana defendem que é necessário uma educação que dê exemplos claros sobre essa dimensão do ser humano. Eles lamentam que muitos jovens, ao não entenderem o conceito de castidade e a profundidade do amor conjugal, acabam por enfrentar dilemas éticos. Questões como gestações indesejadas e relações desfeitas são frequentemente consequências dessa falta de entendimento.
A urgência de resgatar valores
A questão da família e a importância do amor conjugal se tornam ainda mais prementes em uma época em que a sociedade se vê diante de um “inverno demográfico”. Esse fenômeno, caracterizado pela diminuição das taxas de natalidade e o envelhecimento da população, reforça a necessidade de se fortalecer os laços familiares e promover um ambiente onde novas vidas possam ser geradas e cuidadas. A missão da família deve ser compreendida como uma resposta fundamental aos desafios demográficos e sociais atuais.
Conclusão
O amor conjugal não é apenas uma questão de sentimentos, mas sim um compromisso que envolve a totalidade do ser. É uma escolha que deve ser feita diariamente, refletindo a união sincera entre os cônjuges e a abertura à vida. Marlon e Ana reforçam que, ao resgatar essa compreensão do amor conjugal e sua relevância para a cultura da vida, a sociedade poderá fomentar famílias mais saudáveis, unidas e abertas à geração de novas vidas. O chamado para reflexão é claro: para que possamos construir um futuro mais promissor, é essencial que a base do amor conjugal esteja firme em nossas relações.
Um grande abraço a todos os leitores, e que possamos juntos seguir em busca de um entendimento mais profundo do amor e da família!
