Na última terça-feira (30), um incidente inesperado transformou a rotina do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Um vazamento de óleo hidráulico na pista resultou no fechamento do terminal por quase 12 horas, impactando diretamente a vida de milhares de passageiros. A situação levou ao cancelamento de 162 voos e à transferência de outros para o Aeroporto Internacional do Galeão, gerando um caos no local.
Entenda o que aconteceu
O motivo do vazamento, segundo informações da Infraero, foi um problema no motor de um caminhão que realizava a manutenção preventiva da pista. Ao invés de combustível, o veículo transportava óleo hidráulico, e cerca de 50 litros desse líquido acabaram se espalhando na pista, perto de uma das cabeceiras, um ponto crítico para a operação de aeronaves.
Medidas de emergência tomadas
Imediatamente após o incidente, a Infraero ativou todos os protocolos de emergência. O caminhão responsável pelo vazamento foi rapidamente removido, e a limpeza da pista foi iniciada com a utilização de um desengraxante biodegradável, aplicado com água de caminhões de combate a incêndio. Esse procedimento visava garantir a segurança das operações, já que o produto utilizado é especificamente desenvolvido para remover contaminantes sem deixar resíduos que possam comprometer a aderência da pista.
Por que a limpeza demorou tanto?
O tempo prolongado para a liberação da pista, que reabriu às 17h25 daquele dia, deveu-se à natureza do pavimento do Santos Dumont, constituído de Camada Porosa de Atrito (CPA). A Infraero explicou que a limpeza exige minúcia para assegurar que nenhum material escorregadio permaneça na superfície. Além disso, foi realizada uma medição de atrito da pista antes de permitir que os voos fossem retomados.
Impacto nos passageiros
Os transtornos enfrentados pelos passageiros foram significativos. Até o fechamento do aeroporto, 162 voos tinham sido cancelados, incluindo 84 partidas e 80 chegadas. A Infraero não divulgou oficialmente o número total de passageiros afetados, mas diversos relatos indicam que milhares de pessoas enfrentaram incertezas, longas filas e foram direcionadas para alojamentos temporários enquanto aguardavam informações sobre seus voos.
Planos de emergência e obrigações das companhias aéreas
A Infraero possui um plano de emergência para situações como essa, que inclui procedimentos para a remoção de contaminantes e acionamento de equipes especializadas. A estatal informou que todos os recursos disponíveis foram mobilizados de forma a resolver o problema no menor tempo possível, respeitando critérios rigorosos de segurança.
Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) destacou que as companhias aéreas têm a responsabilidade de fornecer assistência material gratuita aos passageiros afetados, conforme o tempo de espera. Isso inclui alimentação, transporte e até hospedagem, dependendo do tempo de atraso. Os passageiros têm opções, como a reacomodação em outro voo, reembolso total da passagem ou transporte alternativo.
Perspectivas pós-incidente
Após a reabertura do aeroporto, a Infraero anunciou que o terminal funcionaria além de seu horário regular, das 6h às 23h, para compensar o impacto causado pelo fechamento e regularizar os voos ainda pendentes.
Enquanto muitos passageiros ainda lidam com as consequências do fechamento, este incidente destaca a importância da efetividade nos protocolos de segurança e limpeza em operações aeroportuárias. A resposta rápida da Infraero e das companhias aéreas será crucial para restaurar a confiança dos viajantes na segurança e na eficiência do transporte aéreo no país.
Para mais informações sobre o ocorrido, acesse a cobertura completa no g1.