Susanna Gibson Payne, uma ex-candidata à legislatura do estado da Virgínia, foi presa em Henrico County no dia 22 de setembro, sob a acusação de “agressão e bater em membro da família”. A detenção de Gibson, de 42 anos, gerou repercussão, especialmente após a recente polêmica envolvendo vídeos de conteúdo sexual que foram vazados de sua vida pessoal.
A ex-candidata foi liberada após se entregar às autoridades. Gibson alegou que seu ex-marido, John David Gibson, de 44 anos, tem a intimidado desde que ela entrou com o pedido de divórcio. Ela afirma que ele foi o responsável por se tornar agressivo durante o que deveria ser uma troca pacífica de custódia em junho de 2025, o que gerou uma denúncia contra ela. “Depois que meu ex-marido, que já foi preso três vezes desde que pedi o divórcio, me agrediu durante uma troca de custódia enquanto eu protegia nosso filho, ele apresentou uma queixa criminal retaliatória contra mim”, contou Susanna.
Os registros de prisão mostram que John Gibson foi preso várias vezes em dezembro, sob acusações de violação de ordem de proteção e extorsão, ocorrendo logo após Susanna pedir uma ordem de proteção contra ele por “abuso familiar”, que foi concedida no mês seguinte.
Embora John Gibson não tenha comentado sobre o caso, Susanna voltou a receber atenção da mídia, já que sua carreira política foi fortemente abalada por um vazamento de vídeos em que ela aparecia realizando atos sexuais ao vivo em uma plataforma de streaming. Gibson, que estava em uma campanha onde disputava um assento na delegacia de Richmond, viu sua reputação abalada por esse escândalo de nudez.
Os vídeos, que foram gravados sem seu conhecimento e posteriormente vazados, mostravam Susanna e seu marido participando de conteúdos eróticos na plataforma Chaturbate. Embora tenha sido acusada de realizar essas filmagens para receber pagamento, Susanna negou vehementemente, afirmando que os vídeos foram feitos para satisfazer o desejo de seu parceiro.
Apesar da controvérsia, Susanna não se deixou intimidar e continuou sua campanha política. Em meio ao escândalo, ela declarou: “Isso não vai me intimidar e não vai me silenciar”, argumentando que o vazamento era uma violação das leis da Virgínia sobre pornografia de vingança e uma forma de abuso sexual.
Ela perdeu a eleição, mas apenas por uma diferença inferior a mil votos. Desde então, Susanna se dedicou à defesa dos direitos das mulheres e à luta contra a violência de gênero, fundando a organização “MyOwn Image”, que busca atualizar a legislação de privacidade online, acreditando que as leis atuais não acompanham a era digital.
Em entrevista ao Politico, Gibson disse: “Eu diria que mudei fundamentalmente como ser humano e profissional. Um operador político encontrou vídeos sexualmente explícitos de uma jovem mulher concorrendo a um cargo que ela nunca soube existir… e os ofereceu a várias publicações, tentando publicá-los para humilhar, intimidar, coagir e assediar essa mulher”.
A reviravolta em sua vida se tornou ainda mais evidente com a notícia de sua prisão em setembro. Gibson reiterou que o sistema de justiça precisa de uma reforma que reconheça a dinâmica de abusos e proteja a segurança das vítimas, não permitindo que abusadores usem a lei como ferramenta de controle. “Sou uma mãe e sobrevivente de violência doméstica enfrentando um sistema que frequentemente pune aqueles que buscam segurança”, afirmou.
