Brasil, 1 de outubro de 2025
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Polícia investiga morte de jovem em clínica estética no Rio de Janeiro

Operação da Decon busca esclarecer as circunstâncias da morte de Marilha Menezes Antunes em procedimento estético.

A tragédia envolvendo a jovem Marilha Menezes Antunes, de 28 anos, tem chamado a atenção no Rio de Janeiro, levando a Delegacia do Consumidor (Decon) a iniciar uma operação nesta quarta-feira (1º) para cumprir mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. Marilha faleceu no dia 8 de setembro, após um procedimento estético no hospital-dia Amacor, e, desde então, as investigações têm revelado sérias irregularidades na prática médica no local.

Desdobramentos da investigação

O foco principal da operação são os 8 mandados que visam coletar evidências de outros indivíduos envolvidos na morte de Marilha. A enfermeira Sabrina Rabetin Serri, que aplicou anestesia durante a hidrolipo da jovem, foi levada à Decon para prestar esclarecimentos. Além dela, captadores de clientes da Amacor também foram alvos de busca.

De acordo com a Polícia Civil do RJ, Marilha foi vítima de erro médico. A investigação aponta que houveram falhas durante a cirurgia, que ocorreram em diversos bairros, inclusive Irajá, Bonsucesso, e Cascadura, na Zona Norte do Rio, e em Mesquita, na Baixada Fluminense.

Circunstâncias da morte

No dia 15 de setembro, a polícia prendeu o médico responsável pelo procedimento, José Emílio de Brito, que enfrenta acusações de homicídio e falsidade ideológica. Testemunhos de peritos indicam que a necropsia revelou 7 perfurações no corpo de Marilha, com 2 lesões penetrantes que causaram hemorragia interna. Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) corroborou que a causa da morte foi uma perfuração no rim e hemorragia interna, enquanto o médico alegou que o óbito resultou de uma broncoaspiração seguida de parada cardiorrespiratória.

Fiscalização e condições da clínica

Em operações anteriores, gerentes da clínica Amacor foram presos por crime contra as relações de consumo. A clínica foi interditada após uma fiscalização do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e da Vigilância Sanitária, que encontrou medicamentos vencidos no centro cirúrgico e no carrinho de parada cardíaca, onde Marilha faleceu.

A direção da clínica se defendeu, afirmando que atua como um hospital-dia, onde equipes terceirizadas são responsáveis tanto pelos insumos quanto pela realização dos procedimentos. Em nota, lamentaram a morte de Marilha e reiteraram que têm colaborado com as investigações e mantêm a infraestrutura apropriada para emergências.

Reações da família

Por outro lado, a família de Marilha expressou sua indignação. Léa Caroline Menezes, irmã da vítima, relatou que houve uma demora significativa no acionamento do socorro e destacou a falta de recursos adequados na clínica durante a emergência. “Foram 90 minutos tentando reanimar a minha irmã”, disse. A família clama por justiça e responsabilização dos envolvidos na trágica morte.

Expectativas futuras

Com as investigações ainda em andamento, a atuação da Decon e outras autoridades é crucial para esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Marilha. O caso levanta discussões sobre a regulamentação e fiscalização de práticas em clínicas estéticas no Brasil, um setor que, apesar de em crescimento, possui riscos que precisam ser administrados com seriedade.

As próximas etapas da investigação poderão revelar mais detalhes sobre a atuação dos profissionais envolvidos e, com isso, fornecer respostas à família e à sociedade, que clama por maior segurança em procedimentos estéticos.

Para mais detalhes sobre o caso, acesse a reportagem completa no G1.

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