Brasil, 1 de outubro de 2025
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Movimentações políticas em torno da possível saída de Barroso do STF

A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso gera articulações para sua sucessão no Supremo Tribunal Federal.

A possibilidade de uma aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso reacendeu as articulações políticas em torno de uma nova indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Embora a saída esteja prevista apenas para 2033, quando Barroso completará 75 anos, ministros da Corte e interlocutores do governo já monitoram os movimentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante dos sinais sucessivos de que o magistrado pode deixar o cargo antes do previsto.

Nomeações em pauta

Nos bastidores, quatro nomes despontam como favoritos para ocupar a cadeira de Barroso, caso ele oficialize sua saída. O mais forte é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado homem de confiança de Lula e com perfil técnico e político alinhado ao governo. Messias tem 45 anos e, se indicado, poderia permanecer na Corte por até três décadas.

Outro nome com força é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado e aliado próximo de ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Pacheco é visto como uma escolha que agradaria a setores do Judiciário e do Legislativo, mas Lula ainda avalia mantê-lo como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, o que poderia adiar sua ida ao STF.

Outros candidatos potenciais

Também estão no radar o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, que tem bom trânsito político e é próximo ao Planalto, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, que ganhou destaque pela atuação em temas de integridade pública.

A reflexão de Barroso sobre sua carreira

A movimentação em torno da sucessão ocorre em meio à saída de Barroso da presidência do STF, assumida nesta semana por Edson Fachin. Em evento público, Barroso afirmou que ainda avalia sua permanência na Corte e que pretende fazer uma “reflexão profunda” sobre o futuro após um “retiro espiritual” em outubro.

— Estou há 12 anos e mais de três meses e posso ficar ainda mais oito anos. É muito difícil deixar o Supremo, que é, para quem gosta do Brasil, tem compromissos com o Brasil, como eu tenho, é um espaço relevante. Mas há outros espaços relevantes na vida brasileira, de modo que eu estou considerando todas as possibilidades, inclusive a de ficar — disse Barroso.

Sinais de aposentadoria

Ministros da Corte apontam, de forma reservada, que Barroso vem dando “sinais sucessivos” de que estaria considerando deixar a Corte. Integrantes do STF apontam como indícios de uma aposentadoria próxima de Barroso o aumento expressivo de processos de sua relatoria pautados por ele — tanto no plenário virtual quanto no presencial — e a votação de temas sensíveis, como o pleito do ministro aposentado Marco Aurélio sobre segurança vitalícia para ministros aposentados.

A movimentação na esfera política e judicial é intensa, com a possível saída de Barroso gerando debates sobre os próximos passos do governo Lula e a configuração do STF. As escolhas pessoais do ministro e os planos do presidente podem transformar o cenário político brasileiro nos próximos anos.

Embora a aposentadoria de Barroso não seja iminente, as articulações já começaram e cada movimento político é analisado com cautela. Nesse contexto, a escolha do novo ministro do STF promete ser uma das decisões mais significativas do governo atual, refletindo as prioridades e os desafios enfrentados pelo Judiciário e pela administração pública no Brasil.

O futuro de Barroso na Corte e os possíveis sucessores permanecem no centro das atenções, tanto da classe política quanto da sociedade civil, que aguarda as definições sobre como essas mudanças impactarão a justiça brasileira.

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