Marjorie Taylor Greene, deputada republicana da Georgia, tem demonstrado uma postura cada vez mais independente dentro do Partido, especialmente ao apoiar uma petição para a divulgação de documentos relacionados a Jeffrey Epstein. A parlamentar, que se identifica como “100% pró-vida, pró-armas e pró-Trump”, tem se distanciado do discurso tradicional do movimento MAGA nas últimas semanas.
Conflito interno e apoio à transparência
Greene foi, em julho, a primeira republicana a classificar o conflito na Gaza como “genocídio”, sinalizando sua disposição de questionar certas posições do partido. Recentemente, ela apoiou uma petição de dispensa que visa obrigar a Casa Branca a liberar todos os documentos sobre Epstein, uma medida que o governo dos EUA considerou “uma ação hostil”.
Na entrevista ao The New York Times, Greene afirmou que enfrentou críticas de assessores da equipe de Biden por seu apoio à causa. “Eu disse a eles, ‘Vocês não me elegeram. Eu não trabalho para vocês; trabalho pelo meu distrito’”, declarou.
Independência e críticas às táticas internas
Ela enfatizou que não deve ser coagida por ameaças ou pressões internas, afirmando: “Meus votos não devem ser ditados por quem ameaça me tirar dos eventos na Casa Branca”. Greene também declarou que, apesar de considerar Trump seu “presidente favorito”, acredita que o ex-presidente está sendo mal informado.
“Se eu puder ajudar a tirar Trump de lá, acho que ele está na direção certa, mas quem está falando no ouvido dele faz toda a diferença”, afirmou.
Prioridades e posicionamento político
Greene apontou questões como saúde, alimentação e energia como suas principais preocupações, criticando a falta de foco do Congresso nessas áreas. “Na Câmara, parece que estão discutindo exclusivamente fronteira, imigração e outros temas que os democratas também abordam”, lamentou.
Quanto às eleições de meio de mandato, ela afirmou que não pretende endossar candidatos, criticando o que chama de “o velho jogo político do Partido Republicano”. Antes de dar a entrevista, ela reforçou sua posição na rede social: “Não sou suicida e sou uma das pessoas mais felizes e saudáveis que você vai encontrar”.
Perspectivas de um afastamento mais profundo
O movimento de Greene sinaliza uma possível crise interna dentro do Partido Republicano, especialmente com figuras que defendem maior transparência e postura mais independente. A parlamentar afirmou que seu foco atual é representar seu distrito, mesmo que isso signifique se afastar da linha de partido.
Para ler a entrevista completa de Marjorie Taylor Greene, acesse o texto integral publicado pelo The New York Times.