Brasil, 2 de outubro de 2025
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França detém petroleiro suspeito de envolvimento com drones na Dinamarca

As autoridades francesas abordaram o petroleiro Boracay, acusado de conexão com voos não autorizados de drones sobre a Dinamarca.

A recente abordagem de um petroleiro no litoral da França expôs as tensões em crescente na região do Mar do Norte. O Boracay, um navio com bandeira do Benin, é parte da chamada “frota sombria” da Rússia, suspeito de estar envolvido em atividades de apoio a operações de drones sobre a Dinamarca no mês passado.

Intervenção da Marinha Francesa

A Marinha Francesa tomou a iniciativa de embarcar no Boracay, detido por ser acusado de fazer parte da frota russa que quebra sanções internacionais. Dois membros da tripulação, identificados como o capitão e o primeiro imediato, foram presos durante a operação. O presidente francês, Emmanuel Macron, sinalizou que o navio cometeu “ofensas graves”, embora não tenha confirmado ligações diretas entre o Boracay e os incidentes com drones.

Histórico e navegação do petroleiro

O petroleiro, que já havia sido detido anteriormente por operar sem uma bandeira válida, deixou o porto russo de Primorsk no dia 20 de setembro e passou pelo Mar Báltico, assim como por áreas no litoral dinamarquês antes de ser seguido por um navio de guerra francês.

As operações desse tipo são frequentemente envoltas em mistério, com navios de “frota sombria”, como o Boracay, apresentando propriedade e seguros opacos, além de serem geralmente mais antigos.

Críticas e implicações internacionais

As autoridades russas, através de seu porta-voz Dmitry Peskov, negaram conhecimento sobre o incidente, mas destacaram que o exército russo atua para restaurar a ordem diante de ações provocativas por parte de outros países. Essa desavença trouxe à tona a questão das práticas de navegação no Mar do Norte e a crescente vigilância internacional sobre a frota russa.

Recentemente, a Dinamarca também observou voos não autorizados de drones em várias de suas bases, resultando no fechamento temporário de aeroportos em Aalborg e Esbjerg. O primeiro-ministro dinamarquês, Mette Frederiksen, insinuou a possibilidade de que agentes russos estivessem por trás dessas atividades, embora não tenha feito uma declaração conclusiva sobre a responsabilidade.

Reunião de líderes europeus e segurança regional

Como parte das discussões sobre segurança na região, líderes europeus se reuniram em Copenhague para abordar a situação. Frederiksen alertou que a Europa vive momentos críticos desde a Segunda Guerra Mundial, e a discussão sobre defesa ficou em destaque, devido a violações do espaço aéreo por drones russos. O plano de uma “muralha de drones” para detectar e neutralizar aeronaves não autorizadas foi sugerido na reunião.

Reflexos nas relações internacionais

A atuação do Boracay chama a atenção para a necessidade de reforçar as defesas europeias e a cooperação entre os países da União Europeia. O presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou a importância de uma resposta contundente a esses eventos, caracterizando-os como uma tática de “guerra híbrida” que busca semear divisão e ansiedade nas sociedades ocidentais.

A escalada das tensões na área destaca o papel da marinha francesa e as respostas dos governos europeus em ocasiões semelhantes, além de gerar um debate sobre o uso de ativos russos congelados na Europa para apoiar a Ucrânia em sua luta contra a invasão russa.

Com a situação se desenrolando e mais incidentes sendo relatados, a vigilância continua a ser crucial para garantir a segurança na região do Báltico e do Mar do Norte.

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