Brasil, 2 de outubro de 2025
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Câmara aprova ampliação da isenção do Imposto de Renda

Projeto aumenta a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, beneficiando milhões de contribuintes a partir de 2026

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para rendimentos mensais de até R$ 5 mil. A proposta agora aguarda análise no Senado e deve ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor em 2026.

Detalhes da ampliação e impacto financeiro

Com a mudança, a faixa de isenção será ampliada de R$ 3.036 para R$ 5 mil mensais, o que deve beneficiar cerca de 10 milhões de contribuintes, elevando o total de isentados no país para aproximadamente 26,6 milhões, cerca de 65% dos declarantes, segundo dados do governo.

Quem ganha até R$ 5 mil por mês deixará de pagar R$ 312,89 de IR mensalmente, o que representa uma economia anual de aproximadamente R$ 4.067, considerando o décimo terceiro salário. Essa economia equivaleria a 81,35% do salário de um mês, na prática.

Novas regras para rendimentos entre R$ 5.001 e R$ 7 mil

O projeto também prevê um desconto progressivamente menor para quem recebe até R$ 7.350 mensais. Por exemplo, quem recebe R$ 7 mil poderá ter uma economia de R$ 19,98 por mês, totalizando cerca de R$ 259,69 no ano, incluindo o décimo terceiro salário.

Consequências para quem ganha acima de R$ 7.350

Contribuintes com rendimentos superiores a essa faixa continuarão sujeitos à tabela progressiva atual, sem qualquer alteração na tributação. Segundo Welinton Mota, da Confirp Contabilidade, “se a pessoa ganhar acima de R$ 7.350, ela não vai ter redução alguma, seguindo a tributação normal da tabela”.

Custos e arrecadação

O impacto financeiro estimado para os cofres públicos é de aproximadamente R$ 25,8 bilhões em 2026, devido à ampliação da faixa de isenção. Para compensar essa perda de arrecadação, a proposta inclui uma alíquota progressiva de até 10% sobre rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil, aplicada a quem tiver ganhos acima de R$ 1,2 milhão por ano.

Segundo a proposta, dividendos e lucros, atualmente isentos, passarão a ser tributados em 10%, desde que a distribuição mensal para um mesmo sócio seja superior a R$ 50 mil.

Contexto e tramitação

O projeto, conhecido como PL 1.087/25, foi uma promessa de campanha do presidente Lula e é visto como uma medida de alívio para a classe média. A proposta faz parte de um pacote de reformulações no sistema tributário, com foco na redução da desigualdade e na arrecadação de recursos.

Enquanto a Câmara já aprovou a iniciativa, ela ainda precisa passar pelo crivo do Senado, onde há projetos semelhantes em tramitação. O presidente Lula deverá sancionar a lei após a validação no Congresso.

Perspectivas para o futuro

Se aprovada, a ampliação da faixa de isenção do IR ajudará milhões de brasileiros no planejamento financeiro pessoal e na redução da carga tributária. A expectativa é que o benefício entre em vigor em janeiro de 2026, impactando positivamente parte da população que recebe até R$ 5 mil mensais.

Para conferir quanto deixará de pagar de IR após a aprovação do projeto, a Caixa de Ferramentas do G1 oferece uma calculadora que realiza essa simulação em tempo real, considerando os diferentes cenários de rendimento.

Para mais detalhes, acesse a fonte original do G1.

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