Brasil, 2 de outubro de 2025
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Brasil expressa preocupação com interceptação da flotilha humanitária pela Marinha de Israel

O governo brasileiro manifesta preocupação com a detenção de cidadãos na Flotilha Global Sumud, que levava ajuda a Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, nesta quarta-feira (1º/10), uma nota de preocupação a respeito da interceptação das embarcações da “Flotilha Global Sumud” pela Marinha de Israel. O grupo, formado por ativistas, parlamentares e civis de 44 países, tem como objetivo levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Entre os integrantes da flotilha, destaca-se a presença da deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), além de outros cidadãos brasileiros.

Interesse do governo brasileiro na segurança dos cidadãos

Em sua nota, o governo brasileiro manifestou que está acompanhando de perto as notícias sobre a detenção de nacionais que estavam a bordo das embarcações. Além disso, o Itamaraty reitera o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, lembrando a natureza pacífica da iniciativa da flotilha. A nota também descreve como “deplorável” a ação militar do governo de Israel, que, segundo o Brasil, viola direitos humanos e compromete a integridade dos manifestantes envolvidos em uma ação pacífica.

O Ministério das Relações Exteriores enfatiza que, em meio a essa “operação militar condenável”, a segurança das pessoas detidas passa a ser responsabilidade do governo israelense. A nota completa pode ser acessada no [site oficial do Itamaraty](https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/interceptacao-de-embarcacoes-da-201cflotilha-global-sumud201d-por-israel).

Apelo por auxílio humanitário e assistência consular

O Brasil reiterou também um apelo para que Israel levante “imediatamente e de forma incondicional” as restrições impostas à entrada e distribuição de ajuda humanitária em Gaza. A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as autoridades israelenses para facilitar a assistência consular aos cidadãos brasileiros envolvidos, conforme previsto pela Convenção de Viena sobre Relações Consulares.

A interceptação da flotilha

A interceptação das embarcações ocorrida nesta quarta-feira gerou grande preocupação no Brasil e em outros países. Forças israelenses iniciaram a abordagem aos barcos que compõem a flotilha, e, segundo a organização responsável pelo grupo, a comunicação com os tripulantes foi cortada. O estado de saúde dos ativistas, que conta com cidadãos de diversas nações, incluindo brasileiros, ainda não foi revelado.

Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o momento em que os ativistas foram abordados. Em uma das gravações, feita pelo jornalista britânico-palestino Kieran Andrieu, é possível ouvir ordens para que todos levassem as mãos acima da cabeça, um momento que representa a tensão da situação. O ativista brasileiro Thiago Ávila e a ativista sueca Greta Thunberg estão entre os que estavam a bordo do barco ALMA, já interceptado.

Repercussões internacionais

A resposta do Brasil à interceptação da flotilha reflete uma preocupação crescente com as ações de Israel na região e seus impactos na ajuda humanitária. Diversos líderes mundiais e entidades internacionais têm demonstrado apoio à liberdade de navegação e ao direito à assistência humanitária, enfatizando a necessidade urgente de diálogo e de soluções pacíficas para o conflito na Gaza.

O Brasil, por meio de sua política externa, reafirma seu compromisso em acompanhar a situação de perto, buscando garantir a segurança e os direitos de seus cidadãos, bem como almejando uma resolução que priorize a paz e os direitos humanos.

Em um mundo onde a questão humanitária trata de princípios universais, a história dos ativistas da “Flotilha Global Sumud” chama atenção não apenas pela sua bravura, mas também por evidenciar a responsabilidade conjunta da comunidade internacional em assegurar a proteção de todos os que buscam ajudar os necessitados em tempos de crise.

Os desdobramentos dessa situação ainda são incertos, mas a pressão internacional e a vigilância da sociedade civil podem ser determinantes na busca por uma resposta equilibrada e que respeite os direitos humanos e a dignidade de todos os envolvidos.

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