Brasil, 1 de outubro de 2025
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Amazon reduz taxas logísticas para competir com Mercado Livre e Shopee no Brasil

A Amazon anunciou isenção de todas as taxas logísticas para vendedores no Brasil, intensificando disputa com Mercado Livre e Shopee

A Amazon, sob comando de Jeff Bezos, revelou nesta terça-feira uma estratégia agressiva para ampliar sua participação no mercado brasileiro de e-commerce. A companhia decidiu isentar todas as taxas logísticas cobradas de vendedores que utilizam o modelo fulfillment, no qual a própria Amazon se responsabiliza pela estocagem e entrega dos produtos de terceiros, uma ação vista por analistas como uma das mais agressivas até hoje na disputa com Mercado Livre e Shopee.

Estratégia de atrair vendedores e ampliar o sortimento

Segundo análises do Itaú BBA, o movimento visa atacar uma das principais fragilidades da Amazon no Brasil — a menor quantidade de vendedores e o sortimento mais limitado de produtos em comparação aos rivais. “A Amazon vem recrutando de forma agressiva gerentes de relacionamento de concorrentes, com o objetivo de reduzir essa diferença na seleção. O anúncio de ontem foi desenhado exatamente para criar um forte incentivo para que os vendedores enlodem seus estoques nos centros de distribuição da Amazon”, detalhou o relatório do banco.

Embora a isenção de taxas seja temporária, com validade até 3 de dezembro, há possibilidade de extensão por mais dois meses, condicionada ao aumento de gastos com publicidade na plataforma e ao crescimento do volume de produtos no modelo de fulfillment. O Itaú BBA classifica a ação como “um sinal claro da agressividade da Amazon e do aumento da pressão sobre as margens no curto prazo”.

Investimentos de US$ 25 bilhões e o impacto no mercado

O movimento faz parte do plano da Amazon de investir cerca de US$ 25 bilhões no e-commerce brasileiro em um período de três a cinco anos, conforme fontes ouvidas pelo banco. O objetivo maior é conquistar maior participação de mercado diante de um Mercado Livre que, atualmente, possui operação três vezes maior que a da americana no Brasil, além de uma infraestrutura logística superior.

“O catalisador decisivo por trás do novo ímpeto da Amazon no país foi a conquista do breaking even (equilíbrio financeiro, ou seja, deixar de dar prejuízo), mesmo em uma escala relativamente menor. Com esse marco alcançado, o foco mudou: a rentabilidade pode ser deixada de lado no curto prazo em favor da conquista de participação de mercado”, explicou o relatório do banco.

Perspectivas e cenário competitivo

Apesar do estímulo à competitividade, o banco observa que, como a penetração do comércio eletrônico no Brasil estabilizou entre 14% e 15%, há espaço para disputas acirradas no mercado. “É improvável que a Amazon recue, e acreditamos que o Mercado Livre também não cederá facilmente. Na verdade, o Mercado Livre pode adotar medidas semelhantes às anunciadas pela Amazon, sacrificando margens de curto prazo para manter sua liderança”, afirmou o relatório.

A estratégia de ambas as empresas reflete o esforço de manter suas posições de domínio, mesmo diante de margens pressionadas e uma competição cada vez mais intensa.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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