O Estádio San Siro, um dos mais emblemáticos da história do futebol, está prestes a se tornar um capítulo do passado. Conhecido por sua grandiosidade e pelas batalhas épicas que ocorreram em seu gramado, o San Siro também é um símbolo da idolatria brasileira no velho continente. Com o anúncio de sua demolição e a construção de um novo estádio prevista para 2031, é hora de relembrar os ídolos que deixaram sua marca na cultura futebolística de Milão.
Ronaldo Fenômeno: idolatria e drama
Ronaldo Nazário, conhecido como Fenômeno, é, sem dúvida, uma lenda do San Siro. O atacante deixou sua marca durante sua passagem pela Internazionale, onde viveu tardes mágicas e se consagrou como um dos melhores do mundo. Depois de sua passagem pela Inter, vestiu a camisa do Milan, onde, mesmo em meio a rivalidades, conseguiu marcar um gol em um clássico contra o time que um dia defendeu. Essa habilidade de transitar entre os dois maiores clubes de Milão só aumentou sua aura entre os torcedores.
Adriano: o Imperador de Milão
Adriano, conhecido como o Imperador, foi outro brasileiro que se destacou no San Siro. Com seu potente chute e presença de área, transformou-se em ídolo da Inter. Ele conquistou corações com gols decisivos em derbies e competições europeias. Apesar de suas polêmicas fora dos campos, a adoração que os torcedores interistas sentiram por ele permanece até hoje, ficando eternamente gravada nas memórias do São Siro.
Kaká: noites de gala com a camisa do Milan
No lado rubro-negro, Kaká encantou o público com suas atuações memoráveis. Em 2007, ele foi protagonista em uma das noites mais memoráveis do San Siro, comandando a vitória do Milan sobre o Manchester United por 3 a 0 nas semifinais da Liga dos Campeões, um jogo que levou o time à final. Seu gol em um derby contra a Inter, quando celebrou com os braços abertos diante da torcida, é lembrado como um dos momentos mais especiais de sua carreira. Sua despedida, em 2009, foi marcada por homenagens e emoção, consolidando seu status como lenda do clube.
Cafu e Dida: laterais ofensivos e muralha no gol
Cafu, o capitão do pentacampeonato da seleção brasileira, trouxe sua velocidade e garra ao Milan entre 2003 e 2008, contribuindo para conquistas importantes, incluindo a Liga dos Campeões de 2007. Seu legado é imortal, e sua contribuição no campo é amplamente reconhecida pelos torcedores. Dida, o goleiro que pressionou e desafiou adversários com sua segurança sob as traves, também teve momentos célebres, como defesas memoráveis em campanhas europeias. No entanto, suas polêmicas, como o episódio em que caiu de forma teatral após um leve toque de um torcedor do Celtic, ainda são lembradas.
Júlio César: muralha da Inter
Júlio César foi uma peça fundamental na era de ouro da Inter sob o comando de José Mourinho. Com defesas espetaculares no San Siro, ele foi um dos protagonistas do tricampeonato da Serie A entre 2007 e 2009 e também brilhar na campanha do título da Liga dos Campeões de 2010. Seu legado como ídolo nerazzurro permanece, mesmo diante de discussões públicas com a diretoria da Inter nos últimos anos de sua carreira no clube.
Com capacidade para 75 mil torcedores, o San Siro está se preparando para sua despedida. Um novo estádio, projetado para 71,5 mil pessoas, está previsto para ser inaugurado em 2031. Enquanto isso, Milan e Inter continuam jogando no templo que não apenas testemunhou títulos e rivalidades acirradas, mas também o brilho de uma geração de talentos brasileiros que transformaram Milão em uma extensão da Seleção Brasileira.
