Brasil, 1 de outubro de 2025
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Ações do Mercado Livre sofrem maior queda em dois meses com avanço da Amazon

Investidores reagem à estratégia agressiva da Amazon no Brasil, aumentando a concorrência no mercado de e-commerce.

As ações do Mercado Livre estão passando por sua maior queda em dois dias desde novembro, refletindo preocupações do mercado diante das recentes iniciativas da Amazon no Brasil. A cotação recuou 7% nesta quarta-feira, atingindo R$ 96,87, após uma queda de 6,6% na sessão anterior.

Impacto da estratégia agressiva da Amazon no Brasil

Segundo analistas, a recente decisão da Amazon de isentar compradores de todas as taxas logísticas do Fulfillment by Amazon (FBA) — incluindo recebimento, armazenamento e última milha — e das comissões sobre pedidos FBA para novos vendedores, reforça sua intenção de crescer e competir de frente com o Mercado Livre e Shopee no país. A Amazon afirma que oferecerá seu marketplace de forma efetivamente gratuita durante a alta temporada de festas.

Reação do mercado e cenário competitivo

Em apenas dois dias, as ações do Mercado Livre acumularam uma perda de 13%, a maior desde os dias 6 e 7 de novembro, quando tiveram uma baixa de 15,11% nesse período. Apesar de não haver um único fator responsável pela queda, a movimentação foi atribuída, em parte, ao anúncio da Amazon, que tenta ampliar sua presença no Brasil, maior e mais rápido mercado de e-commerce da América Latina.

O analista Rodrigo Gastim, do Itaú BBA, destacou que “esta é uma das ações mais agressivas da Amazon até hoje, demonstrando sua determinação de crescer de forma significativa no Brasil e competir de frente com Mercado Livre e Shopee”.

Peso do Brasil nas operações globais e estratégias de expansão

O Brasil continua sendo um mercado estratégico para o Mercado Livre, que processou quase US$ 200 bilhões em pagamentos em 2024, entregou um recorde de 1,8 bilhão de itens em 18 países e alcançou mais de 100 milhões de compradores únicos no país.

Frente à expansão da Amazon, o Mercado Livre intensificou suas ações, como a ampliação do frete grátis para pedidos a partir de R$ 20 e sua robusta operação logística, que inclui 19 centros de distribuição, um hub aéreo com nove aeronaves e uma frota de mais de 2 mil veículos elétricos próprios.

Escalada na competição e expectativas futuras

O crescimento de plataformas chinesas como Temu e Shein também contribui para um cenário mais desafiador, com preços ultrabaratos que alteram as expectativas dos consumidores. Segundo o analista Gastim, apesar do forte investimento da Mercado Livre em sua infraestrutura logística para manter a liderança, a Amazon vem reduzindo a distância, investindo pesado para acelerar entregas e elevar a experiência do cliente.

Além disso, a estratégia da Amazon acontece poucos meses após o Mercado Livre ampliar o frete grátis e reforçar sua operação de entregas rápidas, elementos que elevam a competitividade no maior mercado latino-americano.

Procuradas, as empresas Mercado Livre e Amazon não comentaram oficialmente a respeito das ações recentes no mercado. Para mais detalhes, acesse a matéria completa.

Economia, E-commerce, Mercado Livre, Amazon, Mercado de Ações

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