Brasil, 30 de setembro de 2025
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Supervisora de hospital joga roupa de enfermeiras no chão no DF

Técnicas de enfermagem denunciam conduta de supervisora que jogou roupas no chão durante plantão no Hospital de Base de Brasília.

Uma situação alarmante e de desrespeito ao profissionalismo teve lugar no Hospital de Base de Brasília, onde uma supervisora, identificada como Fernanda Melo, foi flagrada jogando no chão os trajes e as roupas de cama de enfermeiras que estavam na sala de descanso. O incidente gerou viação e indignação entre as profissionais, que se sentem desvalorizadas e ameaçadas.

A descarga de roupas e os impactos na equipe

As imagens do ocorrido mostram o desprezo pela higiene e dignidade das profissionais de saúde. No vídeo, uma das enfermeiras reclama: “Isso é inadmissível. [O chão] contaminado, aí a gente vai deitar? Até as roupas, até as nossas roupas.” A situação, além de desrespeitosa, levanta sérias preocupações sobre as condições trabalhistas e de segurança para os trabalhadores da saúde no Brasil, especialmente em tempos de pandemia, onde a saúde mental e física dos profissionais é ainda mais crítica.

Protestos e denúncias ao Sindicato

As trabalhadoras da UTI do Hospital de Base não hesitaram em comunicar o que aconteceu a seus superiores e também ao Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF). Segundo relatos, a supervisora não só adotou uma atitude abusiva, mas também lançou “ameaças” aos funcionários. Usando um grupo de WhatsApp, Fernanda afirmou que retiraria os itens das enfermeiras que, segundo ela, estavam “marcando camas”, como se a sala de descanso não fosse um espaço legítimo para relaxamento e recuperação.

A mensagem perturbadora

De acordo com a denúncia, Fernanda enviou uma mensagem para os funcionários: “Todos já marcaram as camas… aqui não é hotel… Edta (sic) proibido marcar camas. Quem marcou faça o favor de tirar tudo agora; caso contrário, eu mesma vou tirar.” Essa situação revela uma relação tóxica entre a supervisão e a equipe, criando um ambiente de trabalho hostil e adverso, que prejudica não apenas a saúde física das enfermeiras, mas também sua saúde mental.

Resposta do Iges-DF

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela administração do hospital, foi procurado e confirmou estar ciente do caso. Em declaração, o Iges mencionou que a supervisora foi orientada sobre a conduta apropriada, mas que, até o momento, ela ainda exerce suas funções na unidade. A instituição ainda não especificou quais ações disciplinares foram aplicadas à supervisora, mas alega que sua postura visava “preservar o bem-estar coletivo dos colaboradores”.

A luta por dignidade no trabalho

Casos como este ressaltam a urgente necessidade de se trabalhar a cultura de respeito e dignidade no ambiente hospitalar, especialmente em tempos desafiadores. As enfermeiras e todos os trabalhadores da saúde merecem um local seguro e respeitoso, onde possam realizar suas funções com dignidade. Questões de hierarquia e respeito devem ser não apenas discutidas, mas implementadas em políticas eficazes e humanizadas que valorizem os profissionais e sua saúde mental.

Um alerta para outras instituições

A situação no Hospital de Base serve como um alerta também para outras instituições de saúde. É essencial que as administrações e superintendências adotem uma escuta ativa em relação às equipes de profissionais de saúde e imbuam valores de respeito e dignidade na cultura organizacional. Somente assim será possível criar um ambiente de trabalho saudável e produtivo, essencial para a excelência no atendimento ao paciente.

A luta por melhorias e a defesa de direitos são cruciais para que os profissionais não se sintam sozinhos frente a abusos. A vergonha de um ato impróprio deve ser da supervisão, não da equipe que se esforça diariamente para cuidar da saúde da população. A promoção um ambiente de trabalho digno é uma responsabilidade coletiva e deve ser priorizada entre todas as partes envolvidas.

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