O mundo do futebol brasileiro vive mais um capítulo polêmico com a recente ação judicial movida pelo Flamengo contra a Libra, a liga que negocia os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. O jornalista Fábio Sormani não poupou críticas à atual gestão do clube, encabezada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, em seu programa “DBT Placar”.
Ação judicial e seus impactos
A ação do Flamengo resultou no bloqueio de cerca de R$ 77 milhões que seriam destinados a diversos clubes que fazem parte da Libra. Sormani argumenta que a divisão de receitas firmada por Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, já era bastante favorável ao clube carioca e que a insistência de Bap em buscar mais benefícios individuais pode prejudicar a coletividade do futebol brasileiro.
Durante sua análise, Sormani lançou críticas ácidas. “Já é uma grande proteção ao Flamengo, essa divisão semelhante à da Premier League. Porque na NBA, por exemplo, a divisão é igual. ‘Mas o Flamengo tem mais torcida’, f*-se, ele não joga sozinho”, comentou Sormani.
Em tom provocativo, o jornalista sugeriu que, caso Bap queira atuar de maneira individualista, o Flamengo poderia realizar suas próprias competições internas, desafiando a lógica de um campeonato que envolve múltiplas equipes. “Faz o campeonato só de vocês. Vocês não entendem que essa divisão precisa ser a mais equilibrada possível?”, questionou.
Críticas à postura flamenguista
Sormani também fez um apelo para que outros clubes brasileiros se unam em torno da causa contra a postura do Flamengo, que ele considera arrogante. “Os outros clubes têm que ter vergonha na cara e se unir, porque o Flamengo está humilhando vocês todos. Montem uma liga sem o Flamengo. O futebol brasileiro não vai acabar se o Flamengo sair”, afirmou.
As palavras do jornalista refletem a crescente insatisfação entre muitos clubes em relação à postura do Flamengo, que, segundo críticos, tem buscado maximizar seus próprios interesses em detrimento da saúde financeira do futebol como um todo.
Reação do Palmeiras
A reação não tardou a surgir. O Palmeiras divulgou uma nota oficial em que critica a atitude do Flamengo, classificando-a como “prepotente e dolosa”. O clube paulista argumenta que a manobra do Flamengo, ao bloquear os recursos da Libra, é uma estratégia que busca asfixiar financeiramente outras instituições. Nesta nota, o Palmeiras destaca a importância de um crescimento coletivo, reafirmando que “não joga sozinho”.
“Ao obstruir de forma contraditória e indevida o fluxo desses recursos, a estratégia do clube carioca se revela predatória e torpe, pois busca asfixiar financeiramente as demais instituições que constituem o bloco”, afirma o comunicado.
Além disso, a diretoria do Palmeiras mencionou que a atual gestão do Flamengo não surpreende, visto que já havia recusado a assinatura de um manifesto que visava combater o racismo nos gramados. Essa postura reforça a imagem de um Flamengo que, sob a liderança de Bap, tem se mostrado, segundo seus críticos, cada vez mais isolado.
O futuro do futebol brasileiro
A situação atual levanta a discussão sobre a viabilidade de um futebol brasileiro mais justo e colaborativo. Com a ascensão de novas ligas e formatos, é vital que clubes como Flamengo e Palmeiras repensem suas estratégias, buscando um equilibrado compartilhamento de recursos que beneficie a todos.
A conclusão que se pode tirar desse embate é que o diálogo e a união são essenciais para a sobrevivência e o fortalecimento do futebol brasileiro. Regiões tradicionais do esporte, como a Liga do Futebol Brasileiro, precisam de clubes dispostos a lutar em conjunto por um futuro mais sustentável, onde todos possam prosperar.
Com a pressão crescente de entidades como o Palmeiras e a opinião de jornalistas como Sormani, o Flamengo terá que ponderar seus próximos passos e considerar que, no mundo do esporte, a colaboração é a chave para o sucesso coletivo.
