O setor público consolidado do Brasil apresentou um déficit primário de R$ 17,3 bilhões em agosto, conforme divulgado pelo boletim de Estatísticas Fiscais divulgado nesta terça-feira (30/9) pelo Banco Central. Apesar do resultado negativo, o déficit ficou abaixo do registrado em agosto de 2024, quando atingiu R$ 21,4 bilhões.
Nessa mesma data, o Tesouro Nacional informou que as contas do governo central — composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — tiveram um déficit primário de R$ 15,6 bilhões em agosto, indicando uma melhora na gestão fiscal comparada ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de R$ 20,8 bilhões (Fonte).
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Destaques do setor público
O governo central, formado pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, apresentou déficit de R$ 15,9 bilhões. Os governos regionais tiveram déficit de R$ 1,3 bilhão, enquanto as estatais tiveram saldo negativo de apenas R$ 6 milhões.
Nos últimos 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$ 23,1 bilhões, equivalente a 0,19% do PIB, melhorando em relação ao período anterior, quando o déficit foi de R$ 27,3 bilhões (0,22% do PIB).
Dívida bruta e dívida líquida
A dívida bruta do setor público (DBGG), que inclui o governo federal, estadual, municipal, INSS e bancos públicos, chegou a 77,5% do PIB, ou R$ 9,6 trilhões, em agosto, sem variação comparada a julho (Fonte).
De acordo com o boletim, a evolução da dívida ocorreu por juros nominais, resgates líquidos, valorização cambial e variação do PIB nominal. No ano, a dívida aumentou 1 ponto do PIB.
A dívida líquida do setor público (DLSP), que exclui os instrumentos de dívida, atingiu 64,2% do PIB (R$ 8 trilhões), crescimento de 0,6 ponto no mês e de 2,7 pontos no ano, refletindo juros, valorização cambial de 3,1% e variação do PIB nominal (Fonte).