O Estado de São Paulo deu um passo importante na última segunda-feira (29) ao avançar na autorização para a venda de cervejas e outras bebidas alcoólicas em estádios de futebol. Esta medida foi bem recebida após quase 30 anos de proibição, que remonta a 1996, quando a venda de bebidas foi restrita após conflitos violentos entre torcidas. A proposta agora aguarda a aprovação na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e, no caso da capital, revogação de uma legislação que está em vigor desde 1997.
Histórico da proibição e apoio legislativo
A proibição da venda de bebidas alcoólicas em estádios foi instaurada após uma briga entre torcidas rivais de São Paulo e Palmeiras, resultando em intervenções de segurança. De lá para cá, o cenário do futebol e suas torcidas mudou, e um lobby ativo dos clubes, juntamente com apoio do setor público e o Ministério Público, levou à reavaliação desta política. Em um encontro na Alesp que contou com a presença de deputados, representantes de clubes e do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), foi anunciada uma minuta do projeto de lei que permitirá a venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
O que diz o novo projeto de lei
O deputado Delegado Olim (PP) revelou que recebeu do secretário da Casa Civil, Artur Lima, um projeto que foi discutido em conjunto com a Polícia Militar, Defensoria e o Ministério Público. O projeto foi bem recebido entre os presentes, incluindo o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva da FPF, que se mostrou otimista de que haverá um entendimento geral em favor da liberação.
Condições para a nova regulamentação
O secretário-executivo de Esportes de São Paulo, Coronel Lemos, detalhou algumas das condições necessárias para que a liberação da venda de bebidas entre em vigor. Segundo ele, haverá regras a serem seguidas, com fiscalização rígida, tanto pelos clubes quanto pelos torcedores.
Regras de venda e consumo
As novas diretrizes incluem proibições, como a entrada de bebidas alcoólicas compradas fora dos estádios e a venda restrita com limitações específicas. Por exemplo, o controle da graduação alcoólica e a exigência de que as bebidas sejam vendidas em embalagens plásticas ou biodegradáveis com capacidade máxima de 600 ml. Cada torcedor poderá consumir até duas unidades durante os eventos. Além disso, a venda de bebidas será proibida em eventos de categorias de base para manter a política de proteção aos jovens.
Próximos passos na Alesp
Para a efetivação da venda de bebidas alcoólicas em estádios, é crucial que o projeto de lei receba aprovação rápida na Alesp. A expectativa é que, uma vez que as legislações estejam em vigor, a experiência de ir a um jogo de futebol em São Paulo se torne novamente mais atrativa para os torcedores, promovendo uma atmosfera festiva e de confraternização. A venda de cervejas é um aspecto cultural que muitos fãs consideram essencial durante as partidas.
Com a implementação das novas regras e com o compromisso de todos os envolvidos, a proposta pode não apenas revitalizar a experiência dos torcedores, mas também contribuir para a arrecadação de receitas para os clubes de futebol e o estado, que se distanciarão das dificuldades financeiras enfrentadas na última década.
Em resumo, um futuro promete mudanças significativas para os estádios de São Paulo, tanto no que se refere à segurança quanto ao entretenimento, reafirmando a conexão entre os fãs e o esporte que eles amam.