Dois pescadores, identificados como Maikel e Ronald, passaram por momentos de grande apreensão após serem resgatados à deriva no litoral do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu a cerca de 2 milhas (aproximadamente 3 km) do Porto de Açu, localizado em Campos dos Goytacazes. O resgate heroico foi realizado por um navio mercante que presta serviços à Petrobras, demonstrando a importância da colaboração entre diferentes setores em situações de emergência.
O resgate no mar
Segundo o comandante da embarcação, o alerta foi dado por volta das 17h30, quando ele avistou a embarcação menor com os pescadores fazendo sinais de socorro. Impressionante como a solidariedade no mar pode gerar resultantes eficazes, o comandante não hesitou em responder à situação crítica e conduziu uma operação de salvamento. A bordo, Maikel e Ronald relataram que uma pane elétrica havia impedido a comunicação da embarcação, deixando-os à deriva sem qualquer forma de contato exterior. Embora não tenha sido especificado quanto tempo os homens ficaram no mar, o desespero de uma situação tão adversa pode ser facilmente imaginado.
A chegada ao Porto de Açu
Após o resgate, os pescadores foram acompanhados pela Marinha do Rio de Janeiro em direção ao Porto de Açu, onde chegaram em uma área protegida por volta das 20h. O Corpo de Bombeiros do Espírito Santo ficou responsável pelo transporte terrestre dos pescadores até o Centro Náutico local, onde receberão uma avaliação médica antes de retornarem ao estado de origem.
Condições dos pescadores
Em declaração, o tenente-coronel Cristiano Malacarne, diretor-adjunto de Operações do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo (CBMES), informou que Maikel e Ronald estavam conscientes e desidratados, mas surpreendentemente bem-reservados. “Eles tinham suprimentos e água racionada e haviam se alimentado de peixe cru que conseguiram pescar,” explicou o coronel. Este fato não só destaca a sobrevivência de pescadores em situações adversas, mas também a importância do preparo em alto-mar.
Uma operação bem-sucedida
O comando da operação de resgate atribuiu o sucesso da ação à coletiva de esforços entre o navio mercante, a Marinha do Rio e o CBMES, além de um planejamento cuidadoso que incluiu o conhecimento prévio das correntes marítimas e a logística de transporte até o porto. “Receber a notícia do resgate foi maravilhoso. É uma segunda chance de vida para eles e um presente para todos que participaram da operação,” concluiu Malacarne, ressaltando a importância da prontidão em ações de emergência e o valor da vida.
Essa experiência traz à luz não apenas a fragilidade da vida no mar, mas também a necessidade constante de estar preparado para o inesperado. A solidariedade entre os marinheiros e os profissionais de resgate é um exemplo de esperança e humanidade, lembrando a todos que, em momentos de crise, as vidas podem ser salvas através da rapidez e da eficiência na resposta.
Em uma época onde os recursos e técnicos de salvamento são cada vez mais aprimorados, este evento destaca a importância das operações de assistência marítima e da vigilância constante nas águas que cercam a costa brasileira. É uma história que certamente ficará na memória de Maikel e Ronald e um lembrete para todos nós sobre a fragilidade e a beleza da vida no mar.