O procurador-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, anunciou nesta terça-feira que a operação federal contra o crime em Memphis já está em andamento, após a prisão de nove suspeitos e a apreensão de duas armas ilegais. A iniciativa faz parte de uma estratégia para combater os altos índices de violência na cidade, impulsionada por uma ordem do ex-presidente Donald Trump.
Preparativos e ações iniciais em Memphis
Segundo Bondi, 219 agentes foram “especialmente designados”, recebendo autoridade federal, e um Centro de Operações Conjuntas foi criado para coordenar as ações. A operação envolve agências como FBI, ATF e U.S. Marshals, que colaboram com as forças locais na tentativa de aumentar a segurança pública.
Autoridades locais e moradores têm se preparado desde a assinatura de um memorando por Trump, há cerca de duas semanas, que prevê o envio de tropas da Guarda Nacional e agentes federais para lidar com o que o ex-presidente descreveu como “níveis tremEndos de crime violento”.
Desdobramento e apoio político
Participação federal e fases da operação
Apesar do anúncio oficial, detalhes sobre o número exato de tropas e o calendário de implantação permanecem incertos. O governador do Tennessee, Bill Lee, afirmou que o início da operação está previsto para esta semana, envolvendo 13 agências federais e 300 policiais da Patrulha de Estradas do Tennessee. O plano, segundo ele, será executado em etapas ao longo das próximas semanas e meses após meses de planejamento.
Até o momento, não há confirmação de que a Guarda Nacional esteja em Memphis, embora líderes estaduais tenham destacado o apoio às ações federais. Suas ações serão voltadas ao suporte às forças locais, sem autoridade de prisão direta.
Reações políticas e preocupações locais
Ao contrário de outras cidades onde Trump correlacionou o uso da Guarda, líderes republicanos do Tennessee manifestaram apoio à operação. O governador Bill Lee afirmou que Memphis é uma “cidade de classe mundial” com oportunidade de solucionar seus problemas de violência, agradecendo a Trump pelos recursos federais disponibilizados.
Ele ressaltou que a Guarda apoiará as autoridades locais e estaduais, sem, contudo, exercer funções de prisão. Já o prefeito democrata de Memphis, Paul Young, demonstrou cautela. Embora não esteja totalmente de acordo com a estratégia, disse que pretende utilizar os recursos disponíveis para o benefício da cidade, reconhecendo a paixão dos moradores por ambos os lados da questão.
Perspectivas para o combate à criminalidade
Especialistas avaliam que a operação representa uma resposta imediata às altas taxas de violência, embora ainda haja dúvidas sobre sua efetividade a longo prazo. O clima de tensão entre as autoridades federais, estaduais e a comunidade reforça a complexidade do cenário em Memphis.
O sucesso da iniciativa dependerá, em grande parte, da cooperação entre os diferentes níveis de governo e da aceitação do apoio por parte da população local. Novas ações e resultados deverão ser observados nas próximas semanas, com o objetivo de devolver a segurança às ruas de Memphis.