Brasil, 30 de setembro de 2025
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Mais da metade das gestações no Brasil não são planejadas, aponta estudo

Gestação na adolescência ainda representa uma preocupação, com maior incidência entre jovens negras e pardas, segundo dados recentes

Mais da metade das gestações no Brasil, especificamente 55,4%, não são planejadas, de acordo com um estudo da Sociedade de Economia da Família e do Gênero, com dados do Ministério da Saúde de 2005 a 2023. Em 2023, cerca de 300 mil partos foram registrados em adolescentes entre 10 e 19 anos, sendo que 12,3% dessas mães tinham entre 10 e 14 anos, caracterizando estupro de vulnerável segundo a legislação brasileira.

Dados sobre a gravidez na adolescência no Brasil

Desde 2005, o número de gestantes adolescentes caiu pela metade, passando de 600 mil para aproximadamente 300 mil em 2023. Ainda assim, o fenômeno continua alarmante, especialmente entre jovens negras e pardas, que representam 64% das ocorrências, em contraste com 34,5% entre jovens brancas. Segundo o estudo, a Região Norte apresenta uma prevalência elevada, com 19,4% dos partos provenientes de adolescentes nesta faixa etária, sendo Roraima o estado com maior incidência, atingindo 10%.

Consequências da gravidez na adolescência

A gravidez precoce traz implicações diretas na educação e na participação das jovens no mercado de trabalho. Pesquisas indicam que a redução das taxas de gravidez na adolescência pode aumentar em até 9,2% a conclusão do ensino médio e em 5,4% a inserção no mercado de trabalho, diminuindo a evasão escolar e as chances de elas ficarem relegadas a empregos de baixa remuneração.

Fatores sociodemográficos e vulnerabilidade

A população jovem negra e parda é a maior vítima da gravidez na adolescência, refletindo desigualdades sociais e de acesso à educação e serviços de saúde. Segundo o estudo, o contexto de vulnerabilidade e desigualdade social contribui para a persistência desses números preocupantes.

Perspectivas e ações para o enfrentamento

Para enfrentar esses desafios, especialistas defendem a ampliação de programas de educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e políticas públicas específicas para jovens em situação de vulnerabilidade. Essas ações visam reduzir o número de gestações não planejadas e garantir direitos básicos às adolescentes.

Mais informações sobre esse tema estão disponíveis no artigo do Globo.

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