Brasil, 30 de setembro de 2025
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Justiça manda a júri 20 acusados por ataque a cruzeirenses

Decisão ocorreu após emboscada violentas durante retorno de torcedores em 2024.

A Justiça de Mairiporã, na Grande São Paulo, decidiu na última sexta-feira (26/9) levar a júri popular 20 acusados pelos crimes de homicídio, sendo 15 também por tentativas de homicídio, incêndio e promoção de tumulto esportivo. O caso está relacionado aos episódios de violência ocorridos em 27 de outubro de 2024, na Rodovia Fernão Dias, na região metropolitana da capital paulista.

Entenda o contexto dos eventos

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), centenas de torcedores ligados a uma organizada do Palmeiras atacaram torcedores do Cruzeiro que retornavam de uma partida no Paraná. Os agressores utilizaram pedaços de pau, pedras, barras de ferro e rojões para confrontar os rivais.

O MP informou que o confronto foi motivado por uma busca por vingança, decorrente de uma briga registrada em 2022, que culminou na morte de um torcedor do Cruzeiro e deixou vários feridos, alguns em estado grave. Dos 20 denunciados, 16 permanecem presos e quatro estão foragidos.

A gravidade dos ataques

A proposta do MP foi integralmente acolhida pela Justiça. O evento de 2024 é um dos mais marcantes em termos de violência entre torcidas no Brasil e marca mais um exemplo da cultura de rivalidade que muitas vezes extrapola os limites do esporte.

Impacto na segurança pública

A emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias gerou consequências sérias. Durante o ataque, um dos ônibus da torcida foi incendiado e outro depredado. Além de 17 torcedores feridos, essa ação brutal resultou na morte de José Victor Miranda, um motoboy de 30 anos, morador de Sete Lagoas (MG).

Essa série de eventos levanta questões sobre a segurança nas arquibancadas e à beira das rodovias, destacando a complexidade das relações entre torcidas no Brasil. O Estado se vê pressionado a implementar medidas mais rigorosas para evitar que tais tragédias se repitam.

Relembre o caso

Em outubro de 2024, torcedores organizados do Palmeiras armaram uma emboscada contra integrantes da torcida do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã. O ataque foi premeditado e motivado por um desejo de vingança contra a Máfia Azul, após uma briga perdida em 2022, dentro de Minas Gerais.

Os cruzeirenses estavam voltando de Belo Horizonte (MG) após um jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba (PR), quando foram surpreendidos. Durante a emboscada, o cenário se transformou em caos, gerando pânico entre os torcedores e uma resposta rápida de emergência dos serviços de saúde locais.

O papel da Justiça e Próximos Passos

A Justiça de Mairiporã ainda não marcou a data para a realização do júri popular. No entanto, a decisão de levar os acusados ao tribunal representa um passo importante na busca por justiça e segurança no futebol brasileiro.

Este capítulo na luta contra a violência no esporte é crítico, pois não envolve apenas a responsabilização dos indivíduos, mas também a necessidade de um olhar mais amplo sobre como a sociedade lida com rivalidades esportivas que, em muitos casos, se transformam em conflitos mortais.

Enquanto isso, a comunidade esportiva e a sociedade civil esperam que a legislação e os sistemas de segurança possam ser fortalecidos para prevenir futuras tragédias e garantir que o futebol continue a ser um motivo de celebração e união entre os torcedores.

O incidente ilustra a necessidade urgente de alterações nas políticas de segurança e nas práticas das torcidas organizadas, para que o respeito e a paz prevaleçam nos eventos esportivos no Brasil.

Leia mais sobre o caso aqui.

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