Brasil, 30 de setembro de 2025
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Governor cancels visit to winning school amidst crisis over methanol

Governador de São Paulo cancela visita a escola vencedora em meio a investigações sobre mortes por intoxicacão por metanol.

Na manhã de terça-feira (30), a Escola Estadual Parque dos Sonhos, em Cubatão (SP), estava pronta para receber a visita do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Porém, dez minutos antes da chegada marcada, foi anunciado que o governador não compareceria ao evento que celebraria a escola como uma das vencedoras do Prêmio Melhor Escola do Mundo. A ausência de Tarcísio despertou frustração nos presentes, incluindo crianças e autoridades.

Motivos da ausência do governador

A razão para o cancelamento foi divulgada rapidamente: Tarcísio precisou comparecer a uma reunião de emergência no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para discutir um grave assunto que emergiu no dia anterior. O estado estava em meio a uma crise devido a investigações sobre a intoxicação de 22 pessoas, resultando em cinco mortes, após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. Enquanto isso, o governador se encontrava em Brasília, onde visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que gerou críticas nas redes sociais.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) se manifestou sobre a situação, questionando as prioridades do governador: “O que o povo de São Paulo espera? Investigação rápida sobre as mortes envolvendo bebida adulterada com metanol. E o que ele faz? Viagem para Brasília para visitar golpista condenado”, escreveu em uma postagem.

Reuniões e investigações em andamento

Enquanto Tarcísio cancelava seu compromisso em Cubatão, o Ministério da Justiça, a pedido do ministro Ricardo Lewandowski, realizava uma coletiva de imprensa em Brasília. Durante essa coletiva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, anunciou que o órgão investigava a possível ligação entre o crime organizado e a adulteração de bebidas alcoólicas. “Dentre as razões para a instauração do inquérito federal estão as conexões com investigações recentes, especialmente no Paraná, que afetam toda a cadeia de combustível”, explicou Andrei.

Com o inquérito em andamento, Tarcísio tentou minimizar a relação entre o crime organizado, como o PCC, e o caso do metanol. “Em São Paulo, tudo o que acontece é PCC. Tem-se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração de bebida. Porém, não há evidência nenhuma de que haja crime organizado nisso”, afirmou o governador, contradizendo as declarações da Polícia Federal.

Colaboração entre diferentes esferas de governo

Na coletiva de imprensa improvisada no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio ainda ressaltou a importância do trabalho conjunto entre o governo estadual e federal para combater a adulteração de bebidas. “A gente tem compartilhado informação e já vem investigando isso há algum tempo. Temos um conhecimento que pode ser compartilhado com a Polícia Federal”, disse.

Nos bastidores, fontes revelaram que a gestão de Tarcísio, junto com a do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já estava elaborando um discurso que enfatizaria a responsabilidade do Ministério da Agricultura na fiscalização do envase de bebidas alcoólicas, uma tentativa de desviar a responsabilidade pela crise.

Disputas de protagonismo entre governo federal e estadual

O caso do metanol é mais um episódio na disputa por protagonismo entre os governos federal e estadual. Em agosto, quando o Ministério Público de São Paulo coordenou a Operação Carbono Oculto, a Polícia Federal também fez manobras similares, reforçando a competição entre as duas esferas do governo. As coletivas de imprensa foram agendadas para horários próximos, numa clara tentativa de mostrar ação e resposta rápida às críticas.

Esses atritos têm se mostrado frequentes nas interações entre os dois níveis de governo. Casos como a construção do túnel entre Santos e Guarujá e a remoção de famílias da Favela do Moinho evidenciaram a falta de comunicação eficiente e as desavenças em projetos conjuntos.

Conclusão

A crise gerada pelas mortes por consumo de bebida adulterada está longe de ser resolvida e as disputas políticas e a falta de clareza nas responsabilidades podem dificultar a busca por soluções efetivas. A expectativa dos cidadãos é que medidas adequadas sejam tomadas rapidamente e que as autoridades competentes cooperem para garantir a segurança da população diante de situações tão sérias.

Com a tensão entre os governos, o impacto das ações governamentais na vida das pessoas continua sendo um tema crucial a ser acompanhado de perto.

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