Brasil, 30 de setembro de 2025
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Governador de Illinois critica ações da ICE em Chicago

JB Pritzker acusa o governo Trump de autoritarismo e de harassamento racial durante operações de imigração em Chicago.

O governador de Illinois, JB Pritzker, fez duras críticas à administração Trump e à agência de Imigração e Controle de Fronteiras dos Estados Unidos (ICE) pela sua presença em Chicago, especialmente durante um recente desembarque de tropas na cidade. Pritzker, durante uma coletiva de imprensa, destacou ações que, segundo ele, visam não apenas a segurança, mas também a discriminação racial.

A presença militar em Chicago

Neste último final de semana, tropas federais chegaram a Chicago a pedido do presidente Donald Trump. A ação é comparável a outras iniciativas de combate ao crime que ocorreram anteriormente em cidades como Washington, D.C. Durante a operação, tropas e agentes da ICE foram vistos em vários pontos turísticos da cidade, gerando preocupação e alarme entre a população.

Críticas de Pritzker

Na coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, Pritzker não poupou palavras ao criticar a decisão de Trump de enviar tropas. O governador afirmou que a ICE estava “perseguindo pessoas por não serem brancas” e endossou sua posição com dados que colocam em xeque a eficácia das operações. Segundo ele, cerca de 60% das pessoas apreendidas pela ICE em Illinois neste ano não possuem condenações criminais.

“Donald Trump, Kristi Noem e Tom Homan disseram que estavam mirando os piores dos piores criminosos. Eles mentiram e continuam a mentir. A ICE está circulando pelo Loop importunando pessoas por não serem brancas. Isso não é fazer a América grande novamente”, afirmou Pritzker.

Denúncias de autoritarismo

Pritzker também abordou a preocupação crescente com a militarização das operações policiais e a possibilidade de autoritarismo. “Em qualquer outro país, se agentes federais atirassem contra jornalistas e manifestantes — sem provocação — como chamaríamos isso? Se agentes federais marchassem pelas ruas, importunando civis e exigindo documentos, o que diríamos? Não teríamos problema em chamar isso de autoritarismo. Então, não vamos fingir que é algo diferente quando acontece em nossas cidades americanas”, acrescentou.

Impacto na comunidade

A presença da ICE e de tropas federais em Chicago gerou divisão entre a população. Para muitos, a situação é uma violação dos direitos civis, particularmente quando se leva em conta as alegações de que as operações visam, em especial, minorias raciais e étnicas. Organizações comunitárias e de direitos humanos têm se manifestado contra as ações, pedindo maior proteção para imigrantes e denunciando o clima de medo instaurado pela presença militar.

A luta por justiça social

A fala de Pritzker ressoa com um movimento mais amplo que busca combater a discriminação racial e as políticas de imigração rígidas, especialmente em tempos de divisões políticas intensas. Diversos líderes comunitários se uniram para defender os direitos dos imigrantes, solicitando uma supervisão mais rigorosa das ações da ICE e pedindo transparência nas operações que afetam diretamente a vida das pessoas.

Embora a negativa de Trump em retirar as tropas sugira que a situação em Chicago não deve mudar tão cedo, a resistência continua. Grupos locais se organizam para garantir que as preocupações da comunidade sejam ouvidas e que práticas de discriminação e violência sejam contestadas. O desafio agora, segundo Pritzker e seus aliados, é garantir que as vozes contra o autoritarismo sejam tão audíveis quanto as decisões que vêm diretamente de Washington.

As palavras de Pritzker e o forte apoio a movimentos de justiça social sublinham uma luta incessante por uma sociedade mais justa e equitativa, onde todos, independentemente de sua origem, possam viver sem medo de perseguições.

Os desdobramentos dessa situação em Chicago permanecem em foco, à medida que a comunidade se mobiliza para enfrentar as novas realidades relacionadas à imigração e aos direitos civis sob uma administração federal controversa.

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