Em uma postura irredutível sobre sua candidatura à Presidência, Eduardo Bolsonaro declarou recentemente que desistiria de sua corrida eleitoral apenas se seus irmãos, Flávio e Carlos Bolsonaro, decidissem entrar na disputa. Essa informação foi confirmada a agentes próximos do deputado, que acredita que é crucial manter a influência política da família, especialmente após a inelegibilidade de seu pai, Jair Bolsonaro.
A dinâmica familiar e política no cenário eleitoral
A avaliação de Eduardo é clara: com Jair Bolsonaro fora da corrida, o legado político deve ser mantido dentro da família. Assim, um dos três filhos do ex-presidente deverá ser o candidato que enfrentará Lula nas próximas eleições. No entanto, a situação de seus irmãos não é tão simples.
Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro, parece já ter traçado seus planos, optando por uma candidatura ao Senado por Santa Catarina. Essa decisão o deixa fora dos planos para a presidência. Por outro lado, Flávio Bolsonaro, que atualmente busca a reeleição ao Senado pelo Rio de Janeiro, mostra-se um pouco mais flexível. Há rumores de que ele poderia alterar sua trajetória e optar pela presidência, desde que consiga um acordo com o pai.
Eduardo contra a vontade da família
Com as incertezas sobre as candidaturas de seus irmãos e a continuam inelegibilidade de Jair Bolsonaro, Eduardo considera uma candidatura presidencial, mesmo que isso vá contra os desejos da família. Até o momento, ele se recusa a apoiar qualquer outro candidato da direita que não seja um membro da sua família, como Tarcísio de Freitas.
A estratégia de campanha de Eduardo Bolsonaro
Enquanto isso, Eduardo tem se empenhado em esforços internacionais, tentando persuadir autoridades dos Estados Unidos a pressionarem o Brasil em favor de uma anistia que beneficie seu pai. Essa estratégia, no entanto, enfrenta grandes desafios, e as expectativas de sucesso são incertas.
Além disso, Eduardo planeja lançar sua candidatura à presidência a partir do exterior, ao contrário de Jair Bolsonaro, que tinha uma presença marcante durante suas campanhas. Ele acredita que, assim como o pai conseguiu mobilizar um grande número de pessoas mesmo sem estar presente em certos eventos, ele também pode angariar apoio significativo mesmo vivendo fora do Brasil. Essa estratégia é parte de seu plano para manter a chama do movimento bolsonarista acesa e diferenciá-lo do que considera “direita permitida”.
A rejeição à concorrência interna
Eduardo se mostra cético sobre a viabilidade de Tarcísio de Freitas como representante legítimo da direita, caso ele decida concorrer à presidência. Esse tipo de rivalidade interna é um indicativo do quanto a família Bolsonaro se preocupa em garantir que o legado político adquirido pelo ex-presidente não se dissipe com a sua ausência nos pleitos eleitorais.
No final das contas, enquanto Eduardo Bolsonaro mantém suas opções abertas e continua a articular uma estratégia de campanha que se distancie da velha guarda política, seu futuro e o da família na política brasileira continuam incertos. O cenário eleitoral se molda, mas o desejo de manter o legado da família é uma constante que poderá influenciar as decisões futuras.
À medida que as eleições se aproximam, a pressão sobre os membros da família e as suas escolhas políticas se intensificarão. O eleitorado acompanhará de perto não apenas as movimentações de Eduardo, mas também os possíveis caminhos de Flávio e Carlos e como todos se articulam neste jogo político cada vez mais complexo.
Com uma definição ainda distante, a expectativa é que a família Bolsonaro mantenha viva a chama de sua presença política, mesmo com os desafios que se avizinham.