Brasil, 30 de setembro de 2025
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Deputado estadual Lucas Bove é indiciado por violência psicológica

A influenciadora Cíntia Chagas confirma indiciamento do ex-marido e convoca mulheres a denunciarem agressores.

A Polícia Civil de São Paulo (PCSP) indiciou o deputado estadual Lucas Bove (PL) pelos crimes de perseguição e violência psicológica contra sua ex-esposa, a influenciadora digital Cíntia Chagas. A informação foi confirmada por Cíntia em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, onde expressou sua satisfação com o desdobramento do caso, que já se arrastava há quase 400 dias.

Um passo importante na luta contra a violência doméstica

Em seu vídeo, Cíntia Chagas afirmou: “Quase 400 dias após o boletim de ocorrência, finalmente posso dizer a vocês que o meu ex-marido, um deputado estadual por São Paulo, foi indiciado pelo crime de violência doméstica.” O vídeo, que rapidamente acumulou milhares de comentários e interações, ressaltou a importância da decisão não apenas para ela, mas também para outras mulheres que enfrentam situações similares.

Cíntia destacou que “essa vitória é também a vitória das mulheres agredidas diariamente pelos companheiros e que não têm coragem de denunciar.” O relato dela ecoa a realidade duramente enfrentada por muitas mulheres no Brasil, onde casos de agressões e violência doméstica são frequentemente subnotificados.

Dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no Brasil

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Brasil registrou 1.492 casos de feminicídio e 3.870 tentativas de feminicídio em 2024. Além disso, foram contabilizados 257.659 registros de lesão corporal dolosa, 747.683 de ameaça, 95.026 de perseguição e 51.866 de violência psicológica. Esses números revelam a gravidade da situação e a necessidade urgente de ações efetivas para combater esse problema social.

Apelo à denúncia e mudança de comportamento

Cíntia, que ganhou notoriedade nas redes sociais como educadora ao ensinar Língua Portuguesa, fez um apelo para que mais mulheres denunciem seus agressores. “Espero que, com a vitória de hoje, mais mulheres denunciem os seus agressores. Eu não fui a primeira vítima do meu agressor, mas posso ser a última”, comentou, ressaltando a necessidade de visibilidade e apoio no combate à violência doméstica.

Uma chamada por justiça na Assembleia Legislativa

Durante o vídeo, Cíntia mencionou que já havia um pedido de cassação contra Lucas Bove, mas este foi arquivado anteriormente, pois, segundo a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), não havia indiciamento. Agora, com o indiciamento formal, ela clama por mais rigor e responsabilização dos deputados. “Havia um pedido de cassação, mas o pedido de cassação foi arquivado, porque, de acordo com a Comissão de Ética da Alesp, não havia indiciamento. Pois então, senhores deputados, agora há um indiciamento”, destacou Cíntia, chamando a atenção para a urgência de tomar uma atitude efetiva na assembleia.

As evidências de abuso psicológico e físico

A investigação que levou ao indiciamento de Bove resultou em um relatório de 60 páginas, documentando as diversas formas de agressão a que Cíntia foi submetida. Segundo a influenciadora, o deputado não apenas a ameaçou fisicamente – um incidente envolvendo uma faca durante uma discussão fez com que ela fosse ferida – mas também tentou controlar sua carreira profissional através de chantagens.

Em uma ocasião, Bove teria jogado uma garrafa de água na direção de Cíntia, ameaçando queimar seus pertences. Tais comportamentos não apenas ameaçam a integridade física, mas também a saúde emocional das vítimas, que muitas vezes se sentem isoladas e impotentes diante da situação.

A divulgação desse caso, agora com um indiciamento formal, oferece esperança a muitas mulheres que enfrentam a violência em silêncio. Com a determinação de Cíntia em tornar seu caso público, ela se torna uma voz importante na luta contra a violência doméstica, encorajando outras mulheres a denunciam abusos e buscarem justiça.

O caso de Cíntia Chagas e Lucas Bove ilustra a importância de um sistema de justiça que escute e proteja as vítimas de violência, além de oferecer um espaço seguro para que mulheres possam falar e sentir seus direitos respeitados. A esperança é que, com maior visibilidade e apoio social, mais pessoas se sintam capacitadas a agir contra a violência em seus relacionamentos.

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