Brasil, 30 de setembro de 2025
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D. Virgílio Antunes celebra 40 anos de ordenação sacerdotal

D. Virgílio Antunes reflete sobre sua trajetória e o futuro da Igreja em entrevista ao Correio de Coimbra.

D. Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, celebra 40 anos de sua ordenação sacerdotal e, em uma entrevista ao jornal “Correio de Coimbra”, compartilha reflexões sobre sua vida e a trajetória da Igreja. Nascido há 64 anos na aldeia da Pia do Urso, dentro da diocese de Leiria-Fátima, D. Virgílio revela momentos marcantes de sua infância e formação religiosa que moldaram sua vocação sacerdotal.

A jornada de um futuro padre

D. Virgílio Antunes foi ordenado no dia 29 de setembro de 1985 e, desde criança, sonhava em ser padre. Recorda que a ideia surgiu durante uma catequese na igreja, onde um padre mencionou que as crianças poderiam “viver com Jesus a vida toda”. Essa frase ecoou em sua mente e, incentivado por sua professora e seu pároco, ele decidiu ingressar no seminário menor aos dez anos. “Naturalmente, sair de casa foi marcante, mas eu voltava para casa praticamente todos os finais de semana, o que tornou a experiência mais leve”, afirma.

Momentos de formação e aprendizado

Aos dezoito anos, ingressou no Seminário Maior de Coimbra, onde se aprofundou em sua fé e vocação. Uma frase que o impactou profundamente durante esse período foi: “Deus é tudo na tua vida”. “Essa ideia trouxe uma nova perspectiva à minha maneira de ser e pensar, afastando-me de cálculos racionais para uma vivência mais espiritual”, diz D. Virgílio. Ele guarda boas memórias de seu tempo no seminário: “Éramos um grupo pequeno e unido, e os sacerdotes que nos acompanhavam eram amigos e mentores”, relembra.

O amor pela Sagrada Escritura

O estudo das Ciências Bíblicas em Roma, que D. Virgílio iniciou com um certo receio, se mostrou uma etapa essencial de sua formação. “Estudar Sagrada Escritura é uma paixão”, enfatiza. Ele destaca a intensidade do curso, que requer conhecimento de línguas originais como hebraico e grego. “Foi uma experiência única que me conectou com a história bíblica de maneira mais profunda”, acrescenta, mencionando também sua passagem por Jerusalém, onde estudou arqueologia e geografia bíblica.

Experiência no Santuário de Fátima

D. Virgílio Antunes também foi reitor do Santuário de Fátima, uma experiência que considera inesquecível. “O lugar, a mensagem e a espiritualidade mariana foram fundamentais na minha vida”, reflete. Sua devoção a Nossa Senhora sempre esteve presente, influenciando sua trajetória e sua atuação pastoral.

Expectativas para o futuro da Igreja

O bispo de Coimbra deseja um futuro mais animado e confiante para a Igreja em Portugal. “Gostaria de ver uma Igreja mais viva e dinâmica, sem busca por exuberância, mas com um autêntico testemunho de fé”, afirma. Ele enfatiza a importância do entusiasmo e da partilha na vivência cristã, destacando a relevância do caminho sinodal promovido pelo Papa Francisco.

O caminho sinodal e a fraternidade

D. Virgílio considera que o caminho sinodal é essencial para criar uma Igreja mais unida e fraterna. “Devemos viver mais no amor e na partilha, permitindo que todos tenham um espaço na comunidade e contribuam para a missão da Igreja”, conclui. Para ele, a sinodalidade é a chave para construir relações mais fraternas entre os membros da comunidade religiosa.

Neste Ano Santo de 2025, D. Virgílio Antunes celebra não apenas suas quatro décadas de sacerdócio, mas também a missão de ser um agente de esperança e transformação dentro da Igreja. Desde 28 de abril de 2011, ele tem sido o bispo de Coimbra, continuando sua missão de evangelização e serviço à comunidade.

Laudetur Iesus Christus

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