O caso do “Crime da 113 Sul” ganha novos desdobramentos com a revalidação das provas pela Justiça do Distrito Federal. O destaque do processo judicial envolve Adriana Villela, acusada de ser mandante do assassinato de seus próprios pais. As recentes decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxeram à tona a história impactante que choca a sociedade brasileira e levanta questões sobre família, dinheiro e justiça.
O desenrolar do caso
No dia 30 de setembro, o juiz substituto Heversom D’Abadia Teixeira Borges, do Tribunal do Júri de Brasília, confirmou a validade das provas reunidas até o início do júri popular. Essa decisão segue a declaração do STJ que anulou a condenação de Adriana Villela e devolveu o caso à primeira instância. Agora, cabe ao novo juiz decidir se as provas coletadas anteriormente serão utilizadas em um novo julgamento.
A decisão de revalidar as provas é crucial, já que o tribunal deverá decidir se Adriana será submetida a um novo júri. Esta decisão é chamada de “pronúncia” no jargão jurídico. Os advogados de defesa de Adriana têm um prazo de 10 dias para manifestar interesse em apresentar novas provas e avaliar os elementos já existentes no processo.
Entendendo o crime
O crime chocante ocorreu em 28 de agosto de 2009, em Brasília, quando José Guilherme Villela, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, e sua esposa, Maria Carvalho Mendes Villela, foram brutalmente assassinados em seu apartamento. Junto a eles, Francisca Nascimento da Silva, empregada doméstica, também foi morta. O crime foi executado com extrema violência, com os corpos apresentando múltiplas facadas.
As investigações revelaram que três homens foram condenados pela execução dos homicídios. Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio, foi um dos principais executores e afirmou que foi contratado por Adriana para simular um assalto. Os outros dois envolvidos, Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar, também receberam penas severas, totalizando mais de 60 anos de prisão.
Adriana Villela: uma mulher no centro da controvérsia
Adriana Villela, a filha do casal assassinado, se tornou o foco das investigações e é apontada como a mandante do crime. Segundo relato dos executores, Adriana supostamente ofereceu cerca de 27 mil dólares e joias para que realizassem o crime. Desavenças financeiras e rivalidades familiares foram apontadas como motivações para o ato brutal, que expôs a relação tumultuada entre ela e os pais.
Após a divulgação de vídeos com os depoimentos dos executores, surgiram dúvidas sobre a conduta da polícia durante as oitivas, levando à anulação da condenação de Adriana. Sendo assim, a arquiteta voltou a ser ré e sua defesa alega que houve cerceamento de defesa durante o julgamento anterior.
A reviravolta na Justiça
A decisão do STJ em 2 de setembro de 2025 trouxe novas esperanças e reviravoltas ao caso. Com a anulação da condenação, Adriana pode ter um novo julgamento e retomar seu direito à ampla defesa. Essa batalha judicial continua e promete ser um ponto focal para a discussão sobre o sistema de justiça brasileiro, especialmente em casos envolvendo crimes passionais e dinâmicas familiares tensas.
Próximos passos e implicações
O encaminhamento do caso mostra a complexidade do sistema judiciário, onde uma nova análise das provas poderá mudar os rumos do processo. O próximo passo será a definição do juiz sobre a pronúncia e as implicações disso na vida de Adriana Villela. A sociedade acompanha atentamente a evolução desse caso emblemático que não apenas toca em questões pessoais, mas também em temas mais amplos relacionados à justiça e ética.
Com cada novo desenvolvimento, o “Crime da 113 Sul” se firma como um dos casos mais mediáticos do Brasil, mantendo a atenção do público e a pressing necessidade de um desfecho justo.
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