Em uma entrevista realizada no dia em que perdeu um familiar próximo, Christian Gebara, CEO da Vivo, destacou a importância da intuição na tomada de decisões. O momento pessoal e profissional se cruzaram, levando Gebara a refletir sobre as forças que moldam as novas gerações e sua trajetória de liderança.
As forças da nova geração e o impacto da tecnologia
Gebara destacou que as novas gerações, sobretudo os nativos digitais, têm uma afinidade maior com a tecnologia e uma rapidez de adaptação que pode gerar impaciência. “Elas buscam desafios de forma acelerada, mas também demonstram maior consciência sobre questões sociais e ambientais”, afirmou o CEO. Segundo ele, a experiência de sua filha, de 17 anos, revela uma vivência mais longa sem a pressão da multitarefa constante, o que faz diferença na formação de valores e atenção ao planeta.
Persistência e criatividade: valores que permanecem
Questionado sobre o que não muda de uma geração para outra, Gebara ressaltou o caráter empreendedor do brasileiro. “A criatividade e o desejo de montar o próprio negócio são constantes, mesmo com as mudanças no formato de inovação, agora mais digital”, comentou. Para ele, a disciplina e a busca por excelência também continuam sendo fatores essenciais na trajetória profissional.
O que é importante ao analisar um currículo
Para Gebara, o foco na exigência pessoal, disciplina e empatia são características valorizadas na hora de selecionar talentos. Ele observa que o grau de dedicação, principalmente em universidades de alto nível, demonstra a capacidade de se comprometer com objetivos de longo prazo, além de habilidades como comunicação e curiosidade.
Conselhos aos filhos e a valorização do propósito profissional
Ao falar sobre educação e escolhas de carreira, Gebara orienta que os jovens devem buscar profissões alinhadas ao seu propósito de vida. Para ele, liderar uma empresa que gera impacto envolve também uma postura de curiosidade constante e o uso da inteligência artificial como ferramenta. “Com disciplina e foco, podemos transformar ameaças em oportunidades”, afirmou.
Reflexões sobre a trajetória profissional e aprendizados
Gebara relembrou sua passagem pela McKinsey, destacando que a maior frustração foi não ser quem executava os planos, mas admitiu que essa experiência lhe trouxe visão 360° e agilidade. Sobre suas experiências em bancos e na consultoria, ele reforça a importância de confiar na intuição, algo que, segundo ele, poderia ter sido mais explorado antes dos 35 anos.
Desafios na fusão Vivo e Telefônica
O CEO também comentou sobre o momento de integração de culturas após a fusão, destacando a empatia, a comunicação e a transparência como elementos fundamentais na coordenação de equipes. Ele percebe que alguns profissionais que demonstraram essas qualidades deixaram a empresa de forma positiva, contribuindo de outras maneiras para o ecossistema.
O que teria aprendido antes dos 35 anos
Gebara afirma que, se pudesse voltar no tempo, teria dado mais atenção à sua intuição. “Sinais e sincronicidades orientam nossas decisões, e aprender a confiar mais nelas faz toda a diferença”, pontua. Essa sensibilidade, segundo ele, é uma ferramenta poderosa para evitar caminhos que não são os corretos.
Perspectivas finais
Para Gebara, a combinação de criatividade juvenil, disciplina, repertório e empatia define o sucesso na carreira. Sua experiência reforça a importância de ouvir a própria intuição e estar aberto ao aprendizado contínuo, especialmente em tempos de rápidas transformações tecnológicas.
Mais detalhes da entrevista podem ser acompanhados na fonte original.