Nesta terça-feira (30), a maioria dos conselheiros do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) votou pela manutenção, pelo menos até o final de 2025, da medida preventiva adotada em agosto contra a comercialização de soja cultivada em áreas desmatadas na Amazônia após 2008. A decisão garante continuidade à auditoria de fornecedores de soja que utilizam esse método de produção.
Cenário de investigação e impacto ambiental
O Cade ainda instaurou uma investigação para verificar possíveis irregularidades e avaliar se o acordo, que é um compromisso público dos traders de evitar a compra de soja de áreas desmatadas na Amazônia após 2008, configura prática de cartel. “A continuidade da medida evita riscos ambientais imediatos e mostra o compromisso do setor com a sustentabilidade”, afirmou Lucas Andrade, diretor do Cade, em entrevista nesta terça-feira.
Relevância para a preparação para a COP30
A decisão ocorre em um momento crucial, pois o Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência das Partes (COP30), em Belém, prevista para novembro. Especialistas destacam que ações como essa reforçam o compromisso do país com a questão ambiental, fundamental para as agendas internacionais.
A medida preventiva, vigente desde agosto, tem como objetivo combater o desmatamento ilegal na Amazônia e contribuir para a preservação da floresta, alinhando-se às metas nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o setor de soja responde por uma parcela relevante do desmatamento na região, o que amplia a importância de ações regulatórias eficazes.
Perspectivas futuras
O Cade anunciou que continuará monitorando a situação e aguarda os resultados da investigação para definir se serão adotadas medidas mais rígidas ou ajustes na política de controle de desmatamento na cadeia de soja. A decisão de manter a restrição até o final do ano reforça o compromisso de autoridades e setor produtivo com a sustentabilidade e o combate ao desmatamento na Amazônia.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no Globo.