Brasil, 29 de setembro de 2025
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Trump compartilha vídeo gerado por IA sobre sistema de saúde radical e gera questionamentos

Neste final de semana, o ex-presidente Donald Trump compartilhou em suas redes sociais uma gravação artificial criada por inteligência artificial, na qual anuncia a criação de um novo sistema de saúde com “medbeds” e um cartão nacional de saúde para todos os cidadãos americanos. A publicação levantou questões sobre o uso de tecnologia e a disseminação de fake news no cenário político.

Vídeo gerado por IA apresenta anúncio de Trump sobre “medbeds”

Na gravação, um personagem fictício inspirado na então candidata Lara Trump afirma que Trump lançou “um sistema de saúde histórico”, incluindo hospitais com tecnologia avançada e um cartão de saúde que garante acesso universal. Em seguida, uma versão gerada por IA do próprio Trump diz: “Cada americano receberá seu próprio cartão medbed. Com ele, você terá acesso garantido aos nossos novos hospitais, liderados por médicos de ponta e com tecnologia de última geração.”

O conteúdo ainda destaca que as instalações seriam seguras e modernas, promovendo a ideia de uma revolução na saúde pública americana. A gravação foi apagada da página de Trump, mas compartilhou-se amplamente antes de sua remoção, reacendendo debates sobre o impacto de notícias falsas e o uso de inteligência artificial na política.

O que é o conceito de “medbed” e por que causa controvérsia

Para quem não conhece, “medbed” refere-se a uma teoria conspiratória que afirma existir camas médicas capazes de curar qualquer doença, desde condições crônicas até doenças terminais. Essas alegações, muitas vezes associadas a círculos de QAnon, propõem que tecnologias secretas podem transformar o sistema de saúde e que Trump estaria envolvido na liberação dessas tecnologias ao público.

Especialistas alertam que a narrativa alimenta a desinformação, uma vez que não há evidências científicas que sustentem a existência de tais dispositivos. Segundo a BBC, essas teorias alimentam a imaginação de seguidores, promovendo expectativas irreais e desinformando a população.

Reações e implicações do episódio

A postagem gerou repercussão imediata nas redes sociais, onde internautas debatem a legalidade e ética do uso de IA para fins políticos e de campanhas de desinformação. Analistas argumentam que a estratégia pode servir para reforçar narrativas conspiratórias ou distraí a opinião pública com notícias fantasiosas.

Especialistas também questionam o impacto na credibilidade do debate político: “Se gestores e figuras públicas usam IA para divulgar informações falsas, a confiança no discurso oficial fica seriamente ameaçada”, afirma Maria Oliveira, especialista em comunicação digital.

Caminhos futuros e preocupações sobre desinformação

Embora a gravação tenha sido retirada, ela exemplifica o poder da inteligência artificial de criar conteúdos convincentes que podem manipular opiniões e influenciar o cenário político. O episódio reforça a necessidade de maior regulação e debates sobre ética na utilização de tecnologias de edição de imagem e vídeo.

Na ausência de ações concretas para questões como saúde universal, episódios como esse deixam evidente que o real foco do debate público deve seguir para políticas efetivas, e não para conteúdo fantasioso alimentado por falsas promessas.

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