Brasil, 30 de setembro de 2025
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Trump anuncia tarifas de 10% sobre importações de madeira e móveis

Tarifas de 10% a partir de 14 de outubro visam fortalecer a manufatura doméstica e aumentar a resiliência industrial dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a implementação de tarifas de 10% sobre as importações de madeira macia e painéis de madeira, além de tarifas de 25% sobre armários de cozinha, penteadeiras e produtos estofados de madeira. As medidas começam a valer a partir de 14 de outubro, com alguns aumentos programados para janeiro de 2026, conforme divulgação oficial nesta segunda-feira.

Tarifas visam fortalecer a indústria doméstica de móveis

As tarifas fazem parte de uma investigação do Departamento de Comércio iniciada em março sobre importações de madeira, painéis de madeira e produtos derivados, como armários e móveis. Segundo o presidente Trump, a iniciativa busca “fortalecer as cadeias de suprimentos, aumentar a resiliência industrial, criar empregos de alta qualidade e promover o uso da capacidade doméstica de produtos de madeira”.

Base legal e impacto esperado

As tarifas estão sendo impostas com respaldo na Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, que autoriza o presidente a aplicar impostos sobre produtos considerados essenciais para a segurança nacional. Essa medida difere das tarifas recíprocas aplicadas anteriormente por Trump, que buscavam equilibrar o comércio com outros países. Além disso, essas tarifas podem ser mais duradouras legalmente, enquanto a Suprema Corte avalia um desafio às regras recíprocas existentes.

Reações comerciais e diplomáticas

Países como Reino Unido, União Europeia e Japão terão suas tarifas limitadas a 10%, 15% e 15%, respectivamente, de acordo com o documento assinado pelo governo americano. Algumas nações já firmaram acordos comerciais específicos, que garantirão tarifas mais baixas para seus produtos, como é o caso do Reino Unido.

Benefícios e preocupações do setor

Trump indicou que as tarifas ajudarão a criar empregos no setor de móveis, especialmente na Carolina do Norte, onde fabricantes alegam competição desigual com rivais subsidiados no exterior. Edwin Underwood, presidente da Marsh Furniture, afirmou que “a indústria de móveis foi destruída por práticas comerciais estrangeiras desleais”, e que medidas similares podem evitar a repetição desse cenário na fabricação de armários.

Contudo, o setor de construção civil e varejistas alertaram que tais tarifas podem elevar os custos de construção e de produtos, prejudicando o mercado interno. Varejistas como Wayfair, Williams-Sonoma e RH, que opera a marca Restoration Hardware, têm receio do impacto na cadeia de vendas. Especialistas destacam que a indústria de móveis dos EUA enfrentou recessão nos últimos anos e que tarifas podem agravar essa situação, dificultando a retomada do setor.

Desafios e perspectivas futuras

Embora as novas tarifas possam impulsionar a produção doméstica, especialistas alertam que a cadeia global de suprimentos é complexa e que mudanças abruptas podem causar prejuízos e desequilíbrios na economia. Empresas como a Furniture for America destacaram que essas tarifas “não podem reverter tendências globais, nem reabrir fábricas fechadas”.

De acordo com a Casa Branca, os EUA se tornaram importadores líquidos de madeira em 2016, devido ao aumento das importações subsidiadas por governos estrangeiros, o que prejudica a competitividade local. A medida faz parte de uma estratégia maior de Trump de ampliar tarifas setoriais, incluindo aço, alumínio, semicondutores e outros bens, para proteger a indústria americana frente a uma crescente pressão internacional.

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