No dia 29 de setembro de 2025, ocorreu na Fundação Getúlio Vargas (FGV) um seminário voltado para discutir soluções práticas enfrentando as mudanças climáticas. O evento reuniu especialistas, acadêmicos e representantes da sociedade civil para uma abordagem integrada que une ciência, legislação e a perspectiva das comunidades afetadas pelas transformações climáticas. A importância da legitimação das propostas alternativas foi um dos pontos centrais abordados pelo palestrante Veras durante sua fala.
A relevância da união entre ciência e legislação
Veras destacou, durante sua apresentação, que a chave para o sucesso nas políticas de enfrentamento das mudanças climáticas está na combinação de evidências científicas com o ordenamento jurídico vigente. Ele enfatizou a necessidade de ouvir as vozes das comunidades que estão na linha de frente, uma vez que são elas que sentem diretamente os efeitos dessas mudanças. “A partir do momento em que você une a evidência científica, o ordenamento jurídico, ouvindo a população que está na linha de frente e recebe o impacto dessas mudanças do clima, a gente consegue trazer legitimidade para essas possíveis soluções, principalmente relacionadas à mitigação e à adaptação do clima”, disse Veras.
Desafios enfrentados pelas comunidades locais
As populações diretamente afetadas pelas mudanças climáticas enfrentam diversos desafios, desde o aumento do nível do mar até a intensificação de eventos climáticos extremos. É fundamental que os formuladores de políticas compreendam a profundidade dessas questões e incluam as comunidades na criação de soluções. Durante o seminário, diversos relatos foram compartilhados por representantes de comunidades que vivem em áreas vulneráveis, destacando tanto a urgência das ações quanto a resiliência dos grupos locais.
Soluções inovadoras apresentadas por especialistas
Os painelistas apresentaram uma série de iniciativas bem-sucedidas que podem servir de modelo para outras regiões. Entre as soluções discutidas, destacam-se tecnologias voltadas para a energia renovável, práticas agrícolas sustentáveis e projetos de construção de infraestrutura resiliente. Essas iniciativas não apenas visam a adaptação do meio ambiente às novas condições climáticas, mas também buscam promover desenvolvimento econômico e social nas comunidades.
Exemplos de boas práticas
Um dos casos de sucesso mencionados no evento foi o uso de energia solar para comunidades ribeirinhas, que não apenas contribui para a mitigação do impacto ambiental, mas também proporciona autonomia energética. Uma outra abordagem inovadora discutida foi a recuperação de áreas degradadas através do reflorestamento, proporcionando habitat para espécies nativas e reduzindo a erosão do solo.
O papel das instituições e a necessidade de colaboração
Os especialistas concordaram que o papel das instituições é fundamental para a implementação das soluções apresentadas. A colaboração entre governos, setor privado e sociedade civil é vista como a chave para mobilizar os recursos necessários e implementar as práticas discutidas. A troca de conhecimentos e experiências entre diferentes regiões também foi enfatizada para o aprimoramento das estratégias de adaptação às mudanças climáticas.
Considerações finais
O seminário na FGV destacou a complexidade e a urgência do enfrentamento das mudanças climáticas. Com base nas discussões e nos casos apresentados, é claro que a combinação de ciência, legislação e a participação ativa das comunidades é crucial para uma resposta eficaz. Portanto, é imperativo que continuemos a dialogar e a buscar soluções que sejam sustentáveis e inclusivas, garantindo um futuro mais seguro para todos.
