Brasil, 29 de setembro de 2025
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PGR pede arquivamento de prisão e Carlos Viana critica decisão

Carlos Viana, presidente da CPMI do INSS, se opõe ao arquivamento de prisão de Rubens Oliveira Costa pela PGR, levantando questões sobre competências.

O presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (Podemos-MG), expressou preocupação nesta segunda-feira (29/9) com a decisão da Procuradoria Geral da República (PGR) de solicitar o arquivamento do pedido de prisão em flagrante de Rubens Oliveira Costa. Costa é conhecido como “carregador de mala” do notório Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. A declaração de Viana evidencia um embate entre os poderes legislativo e judiciário que se intensifica à medida que a CPMI avança em suas investigações.

Críticas à Procuradoria e defesa das CPMIs

Segundo Viana, a atitude da PGR reflete uma suposta “invasão de competências” pelo Poder Judiciário, algo que ele considera inaceitável. O senador mineiro tem se posicionado constantemente em prol da ampliação dos poderes das Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMIs) e Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Entre suas propostas, Viana sugere que os parlamentares possam firmar acordos de delação premiada com depoentes, além da possibilidade de derrubar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não abriremos mão de definir quem é testemunha e quem é investigado. A Procuradoria da República possui um papel fundamental, mas, dentro das investigações que nos competem, somos nós que decidimos. Como presidente, seguirei em frente, dialogando com líderes e secretários de Advocacia do Senado, porque é nosso dever realizar a investigação, independentemente das decisões da Procuradoria”, declarou Viana com firmeza.

Prisão de Rubens Oliveira Costa

A polêmica em torno de Rubens Oliveira Costa se agravou após sua oitiva na CPMI, onde o presidente da Comissão não hesitou em decretar sua prisão. Viana tomou essa decisão após verificar várias contradições nas declarações do empresário, além de seu comportamento evasivo em relação a perguntas cruciais. Costa se recusou a assinar um termo de compromisso que garantiria a veracidade de suas respostas, quedando-se em silêncio em momentos chave da investigação.

Após a decretação da prisão, Costa foi levado à custódia da Polícia Legislativa, onde permaneceu até por volta das 2h30 da madrugada. Durante sua detenção, prestou depoimento, mas foi liberado sem a necessidade de pagamento de fiança, uma situação que causa expectativa sobre seus próximos passos e possíveis implicações no caso em andamento.

Implicações políticas e jurídicas

A situação destaca a complexidade do papel das CPMIs e a tensão constante entre os diferentes poderes do governo. A crítica de Viana à PGR não é apenas uma defesa de sua autoridade como presidente da comissão, mas também um convite ao debate sobre o equilíbrio de poderes e a autonomia do legislativo na fiscalização de questões que afetam diretamente a administração pública.

Além disso, os desdobramentos dessa comissão podem influenciar o cenário político mais amplo, especialmente em um momento em que o Brasil busca resolver questões de corrupção e transparência nas instituições públicas. A CPMI do INSS, em particular, tem atraído atenção por suas investigações sobre fraudes e mau uso de recursos públicos, levantando a expectativa em torno de novas revelações e desdobramentos nos próximos dias.

Afinal, a importância da atuação das CPMIs no fortalecimento da democracia e na preservação da ética nas instituições governamentais é mais crucial do que nunca, e as decisões que serão tomadas nos próximos dias poderão delinear o futuro político do Brasil.

O desfecho desse caso e as reações de outras autoridades, especialmente do Judiciário e do Senado, devem continuar sendo acompanhados de perto pela sociedade brasileira, que aguarda respostas e atitudes efetivas em relação à integridade do sistema público.

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