Brasil, 29 de setembro de 2025
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Morre Nilton Rasta, percussionista e ativista cultural de Feira de Santana

Nilton Rasta faleceu após uma trajetória de mais de 30 anos no Mercado de Arte Popular, deixando um legado na música e cultura brasileira.

Na manhã do último sábado, o mundo da música e da cultura popular brasileira se despediu de Nilton Rasta, um dos ícones de Feira de Santana, que faleceu no dia 30 de setembro de 2025. Natural da cidade, Nilton nasceu em 30 de julho de 1962, e ao longo de sua vida, ele dedicou mais de três décadas à arte, especialmente como percussionista, capoeirista e artesão. Seu talento e paixão pela música o tornaram uma figura respeitada e admirada na comunidade local.

Uma trajetória inspiradora

Nilton Rasta começou sua carreira no Mercado de Arte Popular (MAP), onde manteve um box de instrumentos musicais por 34 anos. Durante esse tempo, ele não apenas vendeu instrumentos, mas também compartilhou seu conhecimento e amor pela música com muitos jovens e aspirantes a músicos. Sua loja se tornou um ponto de encontro para amantes da música e um espaço de aprendizado onde Nilton se empenhava em ensinar ritmos e fundamentos da percussão.

Como percussionista, Nilton foi conhecido por sua habilidade em tocar diversos instrumentos, incluindo atabaques e pandeiros. Ele também participou de várias rodas de capoeira, onde sua conexão com a cultura afro-brasileira se mostrava presente em cada movimento e batida. A capoeira, que é uma expressão cultural que mistura luta, dança e música, sempre foi uma parte significativa da vida de Nilton, e ele fez questão de transmiti-la a outros, reforçando a importância da cultura popular na formação da identidade brasileira.

Ativismo cultural e legado

Além de seu trabalho como músico e comerciante, Nilton Rasta também se destacou como ativista cultural. Ele acreditava na importância de promover e preservar a cultura afro-brasileira, e sua dedicação se manifestou em diversas atividades comunitárias. Organizou eventos, festivais e oficinas que atraíram pessoas de todas as idades para a música e a dança, sempre com a intenção de celebrar a riqueza cultural do Brasil.

Nilton era uma figura de ligação entre as gerações, sempre disposto a ouvir e ensinar. Sua empatia e paixão pela música contagiava a todos ao seu redor. Muitos jovens músicos que passaram por suas mãos hoje seguem seus passos, levando adiante o fervor e a tradição da música popular brasileira.

Uma perda significativa para a comunidade

A morte de Nilton deixou um vazio não só no mercado de arte popular, mas em toda a comunidade de Feira de Santana. Amigos, colegas músicos e fãs lamentaram a perda nas redes sociais, lembrando não apenas de seu talento, mas também de seu caráter generoso e acolhedor. “Ele não era apenas um maestro, mas um mentor para muitos de nós. Ele ensinou que a música é uma linguagem universal que conecta as pessoas”, disse um ex-aluno.

A sua história será contada e recontada, inspirando novas gerações a continuarem a luta pela valorização da cultura. O legado de Nilton Rasta permanecerá vivo não apenas nas memórias da comunidade, mas também nas notas e ritmos que ele ajudou a formar ao longo de sua vida. Sua contribuição para o cenário musical e cultural brasileira é inegável e será sempre lembrada por aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele.

Nilton Rasta deixa um legado de amor à música, ao saber fazer e à cultura popular, que continuará a vibrar nas comunidades que ele sempre buscou alegrar e através das vozes de todos que foram tocados por sua arte.

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