Brasil, 29 de setembro de 2025
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EUA reabrem terras públicas para mineração de carvão e aumentam investimentos POLÊMICOS

Governo dos EUA abrirá terras públicas à mineração de carvão e investirá US$ 625 milhões na indústria, contrariando metas de redução de emissões

O governo dos Estados Unidos anunciou hoje a abertura de grandes extensões de terras públicas à mineração de carvão, uma fonte de energia altamente poluente, ao mesmo tempo em que investirá US$ 625 milhões para revitalizar uma indústria considerada responsável pelas mudanças climáticas globais. A medida marca um esforço político de incrementar a exploração de carvão, em contramão das recomendações internacionais de combate às emissões de carbono.

Expansão da mineração de carvão e impacto ambiental

O Departamento do Interior dos EUA planeja abrir aproximadamente 5,3 milhões de hectares de terras federais para a exploração de carvão, cumprindo ordens do ex-presidente Donald Trump, e reforçando a intenção de ampliar a produção desse mineral. Segundo informações oficiais, essa iniciativa vai na contramão do apelo mundial por redução do uso de combustíveis fósseis para conter o aquecimento global. O carvão, que responde por mais de um terço da eletricidade mundial, é um dos principais culpados pelas emissões de CO₂.

O diretor da Agência de Proteção Ambiental (EPA), Lee Zeldin, elogiou o retorno à produção do carvão, afirmando que a iniciativa ajudaria a “reduzir os custos” de energia para as famílias americanas. No entanto, ambientalistas criticam duramente a medida, que aumenta o risco de agravamento das mudanças climáticas e desperdiça recursos públicos em fontes poluentes.

Investimentos públicos em indústria poluente

Além da expansão na exploração, o governo planeja destinar uma parte significativa do orçamento — US$ 625 milhões — para financiar projetos de revitalização do setor carbonífero. Este investimento inclui melhorias em usinas de carvão que, de outra forma, seriam fechadas por motivos econômicos ou ambientais. Críticos, como Amanda Levin, do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, denunciam que “esta administração está entregando dinheiro federal aos proprietários das fontes energéticas mais antigas, caras e poluentes”.

Contraponto: mudança na matriz energética americana

Enquanto isso, a tendência no mercado de energia dos EUA aponta para uma diminuição no uso do carvão. Dados da organização Rhodium Group indicam que, em 2024, energia solar e eólica superaram o carvão pela primeira vez, com cerca de 15% da eletricidade proveniente de usinas a carvão em 2023 — uma redução significativa em relação aos 50% em 2000, segundo a Administração de Informação de Energia.

Reação de órgãos ambientais

Em contraposição às ações do governo, a EPA destacou em nota que o foco deve ser na transição para fontes mais limpas. No entanto, a política atual favorece uma retomada na extração de carvão, considerada por especialistas como “um vilão ambiental” que retardará os avanços na redução de gases de efeito estufa.

Perspectivas futuras e críticas internacionais

Especialistas alertam que essa estratégia pode dificultar os esforços globais de combate às mudanças climáticas, especialmente diante de metas de redução de emissões adotadas em acordos multilaterais. A continuidade da exploração de carvão nos EUA também questiona o alinhamento do país com a agenda internacional de energias limpas.

Para mais detalhes, acesse a fonte original.

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