Até agosto, o mercado de trabalho brasileiro registrou a criação de 1.501.930 novas vagas formais, um crescimento de 3,18% no acumulado do ano. Apesar do saldo positivo, especialistas apontam que fatores como os juros elevados e tarifas comerciais influenciam a desaceleração na geração de empregos.
Impactos das tarifas e dos juros na economia brasileira
Segundo fontes do setor, o tarifaço promovido durante o governo Trump afetou setores específicos, como calçados e móveis no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, o principal impacto, conforme analistas, vem mesmo é dos juros altos, que interferem na economia como um todo. “O grande culpado pela desaceleração é o juro alto”, afirma um especialista ouvidos pela reportagem.
Um dos interlocutores destacou que enquanto a tarifa afeta setores específicos e foi possível substituir compradores de exportação rapidamente, os juros elevados dificultam o crescimento geral, prejudicando investimentos e consumo. “Não sei o que o Banco Central vai fazer, mas espero que não mantenham essas tarifas absurdas na economia brasileira”, declarou.
Geração de empregos por setor
O mês de agosto marcou resultados positivos em quatro dos cinco principais setores econômicos. O setor de serviços liderou com 81.002 novas vagas (+0,34%), seguido do Comércio com 32.612 (+0,30%). A Indústria criou 19.098 empregos (+0,21%) e a Construção, 17.328 (+0,57%).
De janeiro a agosto, o saldo total de empregos formais no país atingiu cerca de 1,5 milhão de vagas, enquanto nos últimos 12 meses (setembro de 2024 a agosto de 2025), esse número chegou a 1.4 milhão, indicando uma tendência de recuperação, embora com baixa intensidade.
Perspectivas e desafios futuros
Especialistas alertam que o cenário de desaceleração exige atenção do Banco Central, especialmente quanto à manutenção dos juros altos. A expectativa é de que medidas sejam tomadas para estimular a retomada do ritmo de criação de vagas, que, apesar de positivo, apresenta sinais de desaceleração.
Mais detalhes sobre o tema podem ser conferidos na análise completa disponível no blog de Miriam Leitão.