O CEO da Live Nation-Ticketmaster, Michael Rapino, declarou que os preços de ingressos para shows estão subvalorizados, defendendo valores altos e gerando forte repercussão na internet. Em entrevista recente, ele afirmou que o preço médio de um ingresso é de R$ 72, e que, na sua visão, o mercado ainda tem espaço para aumentos.
Rapino afirma que preços de ingressos são baixos comparados a outros eventos
Durante uma conversa com investidores, Rapino afirmou: “A música foi subestimada. É como uma honra gastar R$ 70 mil em uma cadeira na lateral da quadra dos Knicks.” Ele continuou dizendo que cobrar R$ 800 por ingressos de Beyoncé não é caro, reforçando a ideia de que o setor de shows está subprecificado.
“Se você pensa que a coluna de preços é alta, tente ir a um jogo do Lakers. O preço médio de uma entrada para um concerto ainda é bem acessível em comparação com esportes ou eventos premium”, disse Rapino. Para ele, o setor de entretenimento ao vivo ainda tem margem para subir seus preços.
Reação negativa e críticas por parte do público
As declarações do CEO provocaram rápida reação nas redes sociais, onde consumidores expressaram frustração e insatisfação. Uma pessoa comentou: “Fazer da arte um privilégio de poucos é intencional.” Outra disse que a fala de Rapino é um exemplo de ‘lavagem de dinheiro’ com os fãs, chamando a atitude de ‘gouging’ (preço abusivo).
“Diga isso a algum artista que enfrenta uma plateia vazia porque o público real não consegue pagar pelos melhores assentos, enquanto um CFO e sua esposa estão na frente, talvez conhecendo duas músicas só”, afirmou uma internauta. Uma terceira pessoa criticou o monopólio da Ticketmaster ao afirmar: “Ainda bem que eles se sentem no direito de justificar o aumento de preços… assim, eles acabam com a magia dos shows, um concerto por vez.”
Perspectivas e impacto na indústria musical
Muitos questionam se essa postura de Rapino ameaça a experiência do público e a valorização do próprio setor musical. Especialistas apontam que o aumento constante dos ingressos pode afastar fãs e prejudicar artistas independentes que dependem do público para sobreviver.
Enquanto isso, a controvérsia continua alimentando debates sobre os limites do monopólio e a acessibilidade nos eventos ao vivo. Resta saber se o mercado dará uma resposta mais equilibrada ou continuará a justificar os altos preços.
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