Brasil, 29 de setembro de 2025
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Americanos vivem crise de trauma secundário, explicam especialistas

O aumento de notícias negativas, violência e conflitos cria uma sensação constante de insegurança, impactando a saúde mental nos EUA

Nos últimos meses, os profissionais de saúde mental alertam para um fenômeno de trauma secundário nos Estados Unidos, causado pela exposição constante a notícias e eventos traumáticos.

O que é trauma secundário e por que estamos vivendo isso?

De acordo com Saba Lurie, terapeuta e proprietária da Take Root Therapy em Los Angeles, a sobrecarga de notícias de violência, guerras, inflação e debates polarizados gera uma resposta de estresse coletiva. “Nosso corpo não distingue se a ameaça vem de uma cena real ou de uma tela”, explica.

Ela destaca que a exposição contínua a imagens e relatos de acontecimentos traumáticos ativa o sistema de luta ou fuga, liberando hormônios como cortisol e adrenalina, mesmo sem um perigo imediato.

Como o trauma secundário afeta nossa saúde física e emocional?

Sintomas físicos e emocionais

O excesso de notícias pode levar a fadiga, dores de cabeça, tensão muscular e problemas digestivos. Psicólogos, como Jenny Shields, alertam que essa ativação constante do sistema nervoso diminui a criatividade, a paciência e a capacidade de foco, além de causar mudanças de humor, irritabilidade e lágrimas repentinas.

Se essa exposição se prolonga, podemos desenvolver ansiedade, depressão, sentimentos de desesperança e sintomas de transtorno de estresse pós-traumático, como pesadelos, apatia emocional e pensamentos intrusivos, segundo estudos recentes.

O impacto na percepção de mundo e o risco de isolamento

Pesquisas indicam que essa sobrecarga emocional altera nossa visão de segurança e confiança. “As pessoas começam a ver o mundo como menos confiável, o que pode prejudicar relacionamentos e a sensação de controle”, afirma Shields.

Estratégias para lidar com a sobrecarga emocional

Embora não possamos controlar os eventos globais, é fundamental administrar nossa resposta emocional. Técnicas como a respiração profunda, a prática do método 5-4-3-2-1 e atividades ao ar livre ajudam a equilibrar o sistema nervoso e a reencontrar a sensação de segurança.

Manter uma rotina de conexão com amigos e familiares também é essencial, assim como estabelecer limites no consumo de notícias e evitar ficar constantemente verificando atualizações. “Encontrar um equilíbrio entre engajamento e autocuidado é crucial para nossa saúde mental”, reforça Lurie.

O caminho para o bem-estar diante de uma realidade turbulenta

Especialistas recomendam focar em momentos pequenos e positivos diários, como caminhar, escrever ou praticar atividades que trazem paz. Essas ações contribuem para fortalecer a resiliência emocional e ajudar a enfrentar o período de crise com mais equilíbrio.

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