Brasil, 28 de setembro de 2025
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TRE-RJ muda locais de votação para coibir influência do crime

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro implementará alterações nos locais de votação visando garantir eleições seguras em 2026.

Em uma medida preventiva para evitar interferências do crime organizado nas próximas eleições, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) anunciou mudanças significativas em alguns locais de votação. A decisão foi divulgada em um comunicado oficial nesta terça-feira e reflete a crescente preocupação com a segurança dos eleitores em contextos onde a influência das facções criminosas é alarmante.

O contexto da mudança

Segundo o desembargador Claudio de Mello Tavares, vice-presidente do TRE-RJ, muitos eleitores votam com medo devido à forte presença do crime em diversas áreas do estado. “Temos eleitores que votam com medo, tamanha a influência e o poder dos criminosos em algumas áreas do Rio”, alertou Tavares após uma reunião com autoridades de segurança e representantes do tribunal. A situação exige medidas urgentes para garantir um ambiente eleitoral seguro e democrático.

Alterações nos locais de votação

Entre as decisões anunciadas, está a modificação dos endereços de algumas seções eleitorais. O objetivo é que os eleitores votem em pontos que não tenham relação direta com áreas de alta criminalidade, sugerindo um raio máximo de 1,5 quilômetro de suas residências. A intenção é facilitar que os cidadãos possam exercer seu direito ao voto sem medo de represálias ou intimidações.

Além disso, o TRE-RJ começará a mapear seções eleitorais que apresentem riscos de interferência criminosa. A definição dessas áreas estará entre as tarefas prioritárias do órgão nas próximas semanas e meses. Essa mudança é um passo importante para assegurar que as eleições de 2026 sejam “tranquilas, seguras e livres de interferências”, conforme mencionado no comunicado do tribunal.

Medidas contra a infiltração de criminosos na política

Outra medida que será implementada é a criação de “mecanismos de cooperação” que permitirão à Justiça Eleitoral obter informações mais abrangentes sobre candidatos. Essa estratégia visa prevenir que indivíduos associados a práticas ilegais consigam registrar suas candidaturas e, assim, se inserirem no sistema político. De acordo com o TRE-RJ, isso será feito através do cruzamento de dados entre a polícia e a Justiça Eleitoral.

Ainda segundo Tavares, é fundamental que a justiça e as forças de segurança atuem em conjunto para que essa situação seja resolvida, garantindo que as eleições reflitam a verdadeira vontade da população, livre de pressões externas. “Precisamos impedir que pessoas associadas a essas práticas entrem para a política”, afirmou Tavares, destacando a importância de um compromisso coletivo para combater a violação democrática.

A colaboração entre forças de segurança

A reunião que deu origem a essas decisões foi realizada no Palácio da Democracia, sede do TRE-RJ, e contou com representantes da elite dos setores de inteligência das forças de segurança que atuam no estado. Essa colaboração se mostra vital para entender as dinâmicas locais e tomar decisões informadas que possam proteger o voto do cidadão e a integridade do processo eleitoral.

O TRE-RJ tem a tarefa de garantir que a justiça eleitoral não só funcione no dia da votação, mas que toda a preparação para esse momento esteja alinhada com a segurança de todos os eleitores. A tarefa é desafiadora, mas essencial em um estado onde a violência e a criminalidade têm profundas raízes.

Com essas medidas, o TRE-RJ demonstra um compromisso sólido em enfrentar os desafios e garantir que as eleições de 2026 sejam um reflexo real da vontade do povo fluminense, longe da influência de grupos criminosos. Para isso, a atuação de todos os setores e a conscientização da população se tornam igualmente importantes.

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