No domingo, Papa Leo XIV assinou uma cerimônia na Praça de São Pedro, na qual conferiu oficialmente o ministério de catequista a 39 homens e mulheres de diversos países, entregando pessoalmente uma cruz a cada um como símbolo de sua missão durante o Jubileu dos Catequistas, realizado no Ano Santo de 2025. A cerimônia ocorreu durante uma missa que ressaltou a vocação de ensinar a fé e o chamado universal da Igreja para transmiti-la.
Os novos catequistas e a mensagem do papa
Durante o rito, os candidatos, que representam várias nações, foram chamados por nome e responderam “Aqui estou”. Concluíram o momento recebendo a cruz, elemento central do ministério. Uma das participantes foi Catherine Miles-Flynn, uma mãe americana de oito filhos que vive no Catar desde 1995 e atua como diretora de formação cristã na Igreja no sul da Arábia. Ela expressou entusiasmo: “Há uma grande alegria no meu trabalho, porque posso falar sobre Jesus o dia todo”. Ela também destacou que as igrejas católicas em Abu Dhabi costumam estar “lotadas o tempo todo”.
Jubileu dos catequistas e o tema da esperança
Este jubileu, um dos diversos eventos temáticos durante o Ano Santo 2025, tem como tema central a esperança. Mais de 20 mil peregrinos de 115 países participaram do encontro, que incluiu vigílias de oração na Basílica de São Pedro e peregrinações pela Porta Santa antes da missa dominical. O papa destacou que a vocação do catequista é uma manifestação de testemunho, ressaltando que “o nome do ministério vem do grego ‘katēchein’, que significa ensinar em voz alta, fazer ressoar”.
O papel do catecismo e os desafios atuais
Em sua homilia, Leo XIV comparou o catecismo a um “guia de viagem” que protege os fiéis de “individualismo e discordas”, ao transmitir a fé universal da Igreja. Ele alertou contra a ganância e a indiferença, dizendo que os “muitos Lazarus de hoje” nos lembram as palavras de Jesus e servem como uma catequese de conversão, perdão e esperança. “A proclamação da fé deve acontecer onde vivemos, principalmente em nossas casas, ao redor da mesa familiar”, afirmou.
O pontífice reforçou a importância do testemunho pessoal do catequista como expressão de fé integral, lembrando que “a fé não pode ser delegada”, e que ela é uma reafirmação do que a Igreja toda crê. Ele reforçou a ideia de que o catecismo é uma ferramenta que orienta a vida cristã, fortalecendo os fiéis contra os perigos do individualismo e ajudando na construção de uma comunidade de esperança.
Perspectivas para a missão de ensinar
O papam pronunciou ainda que a missão dos catequistas é fundamental para o combate às injustiças do mundo atual, convidando os fiéis a se manterem fiéis ao exemplo de Jesus e à transmissão da Palavra. Ao encerrar, o papa chamou a Igreja a ser uma “familia de Lazarus que ouve a palavra e transforma a sociedade”.
Esta cerimônia reforça o papel central do catequista na missão evangelizadora da Igreja, especialmente em tempos de crise social e crescente indiferença religiosa. O diálogo entre fé e vida continua sendo o grande desafio e a esperança do ministério catequético na atualidade.
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