Neste domingo, a pista do circuito de Motegi, no Japão, marcou uma nova conquista na carreira do piloto espanhol Marc Márquez. Ele assegurou seu sétimo título da MotoGP ao cruzar a linha de chegada em segundo lugar no Grande Prêmio do Japão. Com esta vitória, o talentoso corredor da Ducati se aproxima do recorde histórico de oito campeonatos do italiano Giacomo Agostini, o maior vencedor da categoria.
A recuperação de Márquez e sua jornada triunfante
Aos 32 anos, após uma série de desafios físicos e uma mudança significativa de equipe (deixando a Honda, com a qual conquistou seis títulos entre 2012 e 2019, para a Ducati), Márquez demonstrou um desempenho invejável nesta temporada. Ele mostrou domínio quase absoluto, o que o levou a alcançar este importante marco em sua carreira.
“Não consigo nem falar. Só quero aproveitar o momento. É verdade que foi muito difícil. Estou surpreso comigo mesmo,” revelou o piloto emocionado após cruzar a linha de chegada, expressando a profundidade de suas emoções ao retornar ao topo.
A corrida, que foi vencida por seu companheiro de equipe, o italiano Francesco Bagnaia, não teve tanto estresse para Márquez, pois bastava terminar em segundo lugar para garantir a conquista do título. Seu irmão, Álex, que seria seu rival mais próximo, finalizou em sexto, o que também contribuiu para a celebração do espanhol.
Igualdade com os grandes do motociclismo
Com este novo título, Márquez iguala o lendário Valentino Rossi, que também possui sete títulos na MotoGP. No entanto, ele se distanciou ainda mais, já que em sua trajetória acumula nove campeonatos, integrando também os triunfos nas categorias anteriores de 125cc e Moto2. Isso o coloca em uma posição privilegiada na história do motociclismo.
Detalhes da corrida e a performance de Bagnaia
Bagnaia, que já era o bicampeão mundial, não só venceu a corrida principal, mas também levou a sprint no dia anterior, demonstrando domínio desde a pole position. O piloto italiano manteve-se à frente em toda a corrida, enquanto Márquez, partindo em terceiro, conseguiu superar seu concorrente Pedro Acosta e consolidar sua posição até o final da prova.
A competição não foi isenta de desafios, especialmente para Bagnaia, que, a nove voltas do final, avistou fumaça saindo de sua Ducati. Apesar disso, ele conseguiu manter um ritmo vigoroso e conquistou sua segunda vitória consecutiva em Motegi. O pódio foi completado por Joan Mir, da Honda, que finalizou em terceiro, e Marco Bezzecchi, da Aprilia.
Márquez: O piloto renascente
Com um estilo de corrida mais maduro e menos agressivo, Márquez construiu sua campanha deste ano com impressionantes 11 vitórias em 16 corridas, além de ter conquistado oito pole positions. Sua única ausência do pódio ocorreu no Grande Prêmio da Espanha, em Jerez. Nas corridas de sprint, ele levou 10 das 13, alcançando sete dobradinhas sucessivas entre junho e agosto.
Antes de chegar a Motegi, Márquez já somava 512 pontos e ostentava uma impressionante vantagem de 182 pontos sobre seu irmão, Álex. Para garantir seu título, bastava ampliar essa diferença para 185, o que foi alcançado ao final da corrida no Japão.
O diretor da Ducati, Luigi Dall’Igna, fez uma análise franca sobre o retorno de Márquez ao topo: “Todos esses resultados não são mais do que a consagração de um campeão redescoberto.” E, mais de 2.100 dias após sua última conquista, Márquez reafirmou seu status de ícone do motociclismo.
Até mesmo seus antigas rivalidades reconheceram seu talento: o ex-piloto Andrea Dovizioso expressou: “Marc deixou todos nervosos; quanto mais você vê o que ele faz, mais se desanima.” O próprio Giacomo Agostini, fazendo uma análise sobre o futuro, declarou: “Marc é capaz até de bater meu recorde de campeonatos.”
Assim, o circuito de Motegi marca não apenas a vitória deste domingo, mas um capítulo significativo na história de um dos maiores pilotos de MotoGP, cuja jornada continua a inspirar e surpreender.