Brasil, 28 de setembro de 2025
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Idoso é preso por fraudes e liberado com tornozeleira eletrônica

Um idoso de 70 anos foi acusado de fraudar documento para financiar carro de luxo e aplicar golpes financeiros. Ele está liberado, usando tornozeleira.

Um idoso de 70 anos, residente em Santos, no litoral de São Paulo, foi preso sob acusações de fraudar documentos para financiar um carro de luxo. Segundo informações da Polícia Civil e do Ministério Público Federal (MPF), ele adulterou uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e também está sendo investigado por aplicar golpes emocionais em mulheres através de aplicativos de relacionamento. Após a prisão, o idoso foi colocado em liberdade sob o uso de tornozeleira eletrônica.

Detenção e alegações de fraude

Conforme relatado, a prisão do idoso ocorreu em 15 de setembro, após a Polícia Civil encontrar um documento falso em nome de outra pessoa, juntamente com um boleto do financiamento do veículo em sua residência. Além disso, o homem foi reconhecido pelo vendedor do carro, evidenciando seu envolvimento no crime. O MPF ainda solicitou a prisão preventiva do idoso, alegando que ele estaria se escondendo da Justiça para continuar praticando fraudes, fazendo assim “vítimas em série”.

O idoso não apresentou defesa nos autos do processo, que investiga a fraude no financiamento. O descarte da documentação foi um fator que levou à prisão. Não obstante, ele já tinha antecedentes, pois em 2018 foi condenado em primeira instância pelo crime de estelionato. Outro aspecto relevante da investigação é a atuação do idoso em um esquema de golpes em que ele se apresentava como um empresário de sucesso, enganando suas vítimas emocionalmente e extraindo grandes quantias de dinheiro delas.

Aplicação de golpes emocionais

Em um dos casos documentados, o idoso conheceu uma mulher em um aplicativo de relacionamento, apresentando-se como um empresário quebrou e voltou da Europa após enfrentar problemas financeiros por conta de dívidas dos filhos. Segundo o boletim de ocorrência, ele conquistou a confiança da vítima com promessas de amor e a enganou para que ela emprestasse mais de R$ 350 mil. Contudo, após a revelação da fraude, a mulher ficou em uma situação financeira extremamente delicada.

Decisão judicial e medidas cautelares

A juíza Michelle Camini Mickelberg, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, decidiu revogar a prisão preventiva do idoso, optando por substituí-la por medidas de monitoramento eletrônico. Essa decisão levou em consideração a saúde debilitada do réu, além da ausência de indicações de que ele tentava fugir da Justiça. As medidas cautelares em vigor exigem que o idoso compareça bimestralmente ao juízo, informe mudanças em seus dados de contato e compareça a convocações da polícia e do MPF.

O advogado do idoso, Octavio Rolim, declarou que os elementos já colhidos na investigação estão sendo analisados e que seu cliente nega veementemente as acusações. Ele também afirmou que a equipe está comprometida em demonstrar a inocência do idoso em um futuro próximo.

Implicações dacompanhamento eletrônico

A aplicação de tornozeleira eletrônica não é apenas uma medida de controle, mas também visa proteger a sociedade. Essa tecnologia permite que as autoridades mantenham supervisão sobre o idoso enquanto ele responde aos processos judiciais vigentes. A decisão da Justiça demonstrou equilíbrio ao ponderar a saúde e a idade do réu, levando em conta o fato de que ele não cometeu os crimes com violência ou grave ameaça.

Com a decisão da Justiça, o idoso permanece à disposição das autoridades, aguardando os desdobramentos da ação penal, que poderá determinar o seu destino nas próximas etapas do processo. O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais e entre os moradores de Santos, levantando debates sobre a segurança e a proteção dos cidadãos contra fraudes.

Em suma, o caso do idoso de 70 anos, cuja vida tem sido marcada por suspeitas de fraudes e golpes emocionais, serve como alerta para a necessidade de vigilância em relação a relacionamentos virtuais e a importância da Justiça em casos de fraudes financeiras. Com a sociedade cada vez mais integrada à tecnologia, é vital que as vítimas fiquem atentas a comportamentos suspeitos.

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