Brasil, 28 de setembro de 2025
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Beatificação do padre Pedro Paulo Oros na Ucrânia

A beatificação do padre Oros ocorre em um contexto de guerra, destacando sua mensagem de esperança e misericórdia

Na manhã do último sábado, 27 de setembro, em Bilky, na Ucrânia, foi celebrada a Divina Liturgia para a beatificação do padre Pedro Paulo Oros, sacerdote e mártir do regime comunista, que faleceu em 1953 aos 36 anos. O evento contou com a presença do cardeal Grzegorz Ryś, representante do Papa, que ressaltou o papel do novo beato como uma “ponte” entre divisões e conflitos, especialmente em um mundo tão dilacerado por guerras.

O testemunho do padre Oros

Durante a celebração, o cardeal Ryś definiu o padre Oros como um símbolo de esperança e comunhão, fundamental em tempos de grande divisão. “No mundo de hoje, onde a humanidade frequentemente se perde em conflitos e solidão, precisamos de exemplos como o do padre Oros”, afirmou o cardeal, enfatizando que o novo beato foi uma luz em meio à escuridão.

O padre Oros dedicou sua vida à caridade, à bondade e à compaixão, características que moldaram sua espiritualidade. “Ele não viu a cruz apenas como um instrumento de morte, mas como um chamado à vivência da fé”, destacou o cardeal. O martírio do padre Oros, que ocorreu enquanto guardava o Santíssimo Sacramento a caminho de um doente, serve como um poderoso testemunho de fé e coragem.

Caridade em momentos de conflito

O cardeal Ratys também lembrou que o exemplo do padre Oros deve inspirar todos os ucranianos, especialmente aqueles que enfrentam as consequências da guerra. “Vocês que perderam suas casas e entes queridos têm todo o direito de sentir tristeza e desespero. Mas neste momento de dor, o Beato Oros os exorta a serem misericordiosos”, disse.

Enfatizando a importância da doação e da ajuda mútua, ele observou que apesar de as circunstâncias serem extremamente difíceis, a mensagem de compaixão e solidariedade do padre Oros deve ser lembrada e aplicada por todos, um convite à prática da misericórdia mesmo em tempos de guerra.

A espiritualidade do encontro

O cardeal destacou também a “rica espiritualidade do encontro” vivida pelo recém-beato, que soube unir as tradições cristãs oriental e ocidental. “Em tempos de guerra, é essencial construir pontes e não muros”, afirmou. “Ser ponte é facilitar um diálogo, e o padre Oros encontrou a linguagem que unia todos, independentemente de suas crenças.”

Esta capacidade de diálogo e reconciliação é mais necessária do que nunca, especialmente em uma época em que os conflitos parecem destruir laços de solidariedade e empatia entre os povos.

A celebração e a peregrinação dos jovens

A beatificação do padre Oros foi um evento aguardado por muitos, especialmente em meio à tragédia atual da Ucrânia. O dia antes da cerimônia, cerca de mil jovens participaram de uma peregrinação a pé até Bilky, refletindo o interesse e a dedicação das novas gerações à herança de fé e coragem representada pelo novo beato.

“A vida do padre Oros, assim como a de tantos outros que sofreram nas mãos do regime comunista, serve de lição para nós sobre o amor radical e a fé inabalável”, completou o cardeal Ryś. Aqueles que participaram da celebração foram convidados a continuar esta transmissão de esperança e solidariedade, em uma nação ainda marcada pelas cicatrizes da guerra.

A beatificação do padre Pedro Paulo Oros não é apenas um reconhecimento de sua vida e martírio, mas também um apelo à ação e à compaixão por parte de todos que se encontram em circunstâncias difíceis. Neste contexto, o novo beato se torna não apenas um símbolo de fé, mas também um farol de esperança para muitos em meio ao sofrimento.

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