Brasil, 27 de setembro de 2025
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Tribunal de Nova York rejeita ação contra Diocese de Buffalo por pagamentos de reparação

Supremo Tribunal de Nova York descarta processo que questionava plano da diocese para pagamentos de indenizações por abuso

O Tribunal Supremo de Nova York decidiu nesta sexta-feira (27) rejeitar uma ação judicial contra a Diocese de Buffalo, que contestava o plano diocesano de realizar pagamentos para resolver as indenizações por abuso sexual. A decisão veio após uma liminar concedida em julho pelo próprio tribunal, que suspendeu temporariamente os pagamentos.

Contexto da disputa sobre pagamentos e fusão diocesana

Os fiéis que entraram com a ação argumentaram que a diocese deveria aguardar uma decisão do Vaticano sobre um projeto de fusão diocesana antes de exigir que as paróquias contribuíssem com a maior parcela do fundo de reparações, de até 80% de seus recursos não restritos. O objetivo era evitar que pagamentos elevados fossem feitos antes da resolução de questões administrativas de âmbito superior.

Decisão judicial e autonomia da Diocese

O juiz John Delmonte, responsável pelo caso, afirmou em sua sentença de 26 de setembro que a questão central era se o tribunal tinha a jurisdição adequada para julgar o litígio. Ele destacou que, de acordo com precedentes, “os tribunais do estado mantêm a proibição reconhecida e sensata de interferência na governança e administração de uma igreja hierárquica”.

A Diocese de Buffalo declarou que estava “satisfeita” com a decisão, que reforça sua autoridade sobre questões específicas de administração das paróquias. Em nota, o diocesano afirmou que a diocese tem autonomia para decidir sobre essas questões internas, reafirmando sua postura de que o processo de reparação é necessário para encerrar “este capítulo doloroso” de sua história.

Reações e próximos passos

A organização de defesa das igrejas locais, Save Our Buffalo Churches, afirmou que os advogados dos alegantes irão avaliar os rumos do processo, podendo recorrer à instância superior. “Vamos analisar as opções disponíveis após esta decisão”, declarou a entidade.

Contexto do pedido de indenizações

Desde 2020, a diocese, que declarou falência após inúmeros processos de abuso, anunciou que as paróquias deveriam destinar até 80% de seus recursos financeiros não restritos para a fase de reparação às vítimas. A medida inclui também a fusão ou fechamento de paróquias, considerado por bispos como uma ação necessária para superar a crise.

O bispo Michael Fisher justificou a contribuição obrigatória como “um passo fundamental para acabar com esse capítulo difícil” e garantir o pagamento de indenizações devidas às vítimas de abuso sexual.

Impactos e expectativas futuras

Especialistas avaliam que a decisão reforça a autonomia da Igreja em assuntos internos e que a disputa judicial deve continuar em instâncias superiores, dependendo do andamento do processo de apelação. A expectativa é de que, mesmo com a rejeição do processo, o debate sobre as obrigações das igrejas diante de casos de abuso continue na esfera legal.

Para mais informações, confira o artigo completo na fonte original.

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