A Petrobras entregou ao Ibama nesta sexta-feira o plano revisado da Avaliação Pré-Operacional na Bacia da Foz do Amazonas, após realizar ajustes exigidos pelo órgão ambiental. A autorização do Ibama, última etapa necessária, permite que a companhia inicie a exploração de petróleo na região da Margem Equatorial.
Detalhes da Avaliação Pré-Operacional e ajustes requeridos
A avaliação, realizada no final de agosto no litoral norte do país, testou a capacidade de reação da Petrobras em caso de vazamento de óleo. Entre as exigências do Ibama, a companhia deve esclarecer por que o posicionamento das embarcações para procedimentos diverge do estudo preliminar. O parecer técnico divulgado na última quarta-feira confirma que a avaliação foi aprovada condicionalmente, condicionando a apresentação dos ajustes para finalização da licença de operação.
Medidas simuladas e pontos de atenção
Durante o procedimento, foram realizados testes com simulações de vazamento de óleo, problemas no BOP (conjunto de válvulas de segurança no topo do poço) e o envio de um ROV (robô submarino controlado à distância) para inspeção. O Ibama destacou a necessidade de explicações adequadas da Petrobras sobre os procedimentos de posicionamento das embarcações.
Contexto e resistência à exploração na região
A Bacia da Foz do Amazonas, situada ao longo do litoral do Amapá, representa uma nova fronteira de exploração petrolífera, estendendo-se até o Rio Grande do Norte. A atividade, contudo, encontra forte resistência devido à proximidade com a Floresta Amazônica, considerada uma área sensível ambientalmente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a criticar o Ibama por atrasos na concessão das licenças ambientais para o projeto.
Ao ser informado sobre a aprovação condicional, a Petrobras foi orientada a apresentar os ajustes necessários para a emissão final da licença de operação, considerada essencial para iniciar os trabalhos na região.
Mais detalhes sobre o processo e os próximos passos podem ser conferidos na matéria publicada pelo O Globo.