Brasil, 28 de setembro de 2025
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Milhões de espectadores impedidos de assistir Jimmy Kimmel por empresas conservadoras

Reapresentação de Jimmy Kimmel na TV aberta foi bloqueada por Nexstar e Sinclair, gerando revolta entre espectadores e debates sobre liberdade de expressão

Na última terça-feira, o apresentador Jimmy Kimmel retornou à televisão aberta após uma suspensão, mas sua estreia não foi vista por milhões de brasileiros e americanos. Isso porque as empresas Nexstar Media Group e Sinclair Broadcast Group, responsáveis por cerca de 70% das redes afiliadas da ABC, decidiram não transmitir o programa, gerando manifestações de indignação e resistência nas redes sociais.

Empresas conservadoras bloqueiam transmissão do retorno de Kimmel

A decisão foi motivada por tensões políticas, especialmente envolvendo Sinclair, que é vista como uma companhia de orientação conservadora. Segundo reportagens do The New York Times, Sinclair, atualmente envolvida em uma fusão de US$ 6,2 bilhões com a Tégna, teria feito exigências para voltar a transmitir o programa, incluindo uma doação “significativa” à família de Charlie Kirk, fundador do Turning Point USA, e que essa ação possa configurar uma forma de extorsão.

Reações e manifestações de protesto nas redes sociais

Nos subreddits como r/Connecticut, r/washingtondc e r/oregon, internautas discutiram a dificuldade de assistir à estreia de Kimmel, sugerindo boicotar afiliadas e incentivar o streaming alternativo da transmissão. Alguns criticaram a postura de Sinclair e destacaram o histórico de doações do CEO da companhia para organizações de direita.

“Espero que a Disney tire a afiliada da ABC”, comentou um usuário no subreddit r/entertainment, refletindo a preocupação com a censura e a influência das empresas de mídia conservadoras. Outros criticaram a fusão envolvendo Nexstar e Tégna, apontando que ela poderia ampliar ainda mais o controle das empresas sobre o que é exibido na televisão americana.

Contexto político e impacto na liberdade de expressão

Especialistas destacam que a resistência das empresas, especialmente Sinclair — que já doou US$ 250 mil a grupos alinhados à direita —, mostra um movimento estratégico de controle e censura. Como explica o NPR, o alinhamento político das companhias e o incentivo do presidente Donald Trump ao controle dos meios de comunicação favorecem essa postura.

A controvérsia levanta debates sobre o impacto na liberdade de manifestação artística e o papel do Conselho Federal de Telecomunicações (FCC) na regulação dessas operações.

Perspectivas e próximos passos

Com a possível aprovação da fusão, o governo e entidades reguladoras enfrentam pressões para equilibrar interesses econômicos e o direito do público de acesso à programação diversa. Enquanto isso, espectadores continuam buscando alternativas para assistir ao programa de Kimmel, promovendo debates sobre censura e liberdade de imprensa no país.

O movimento de protesto e a resistência nas redes sugerem que a batalha pelo acesso à informação e ao entretenimento livre ainda está longe de terminar.

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