Brasil, 27 de setembro de 2025
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Lula retorna da ONU com vitórias e desafios: COP30 em foco

Após encontros com Trump, Lula enfrenta a missão de garantir sucesso na COP30 em Belém e dialogar com o governo dos EUA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou dos Estados Unidos com uma conquista significativa: uma abertura de dialogo com o governo de Donald Trump. Contudo, seu retorno ao Brasil não traz apenas boas notícias. Lula agora se depara com dois grandes desafios para os próximos meses: consolidar as promessas de colaboração com Trump e garantir que a Conferência do Clima em Belém, a COP 30, não se transforme em um fracasso organizacional.

Diálogo com os EUA: passos a seguir

Durante sua estadia em Nova York, o presidente Lula teve a oportunidade de trabalhar para estreitar laços com a Casa Branca. Após o encontro inesperado que marcou seu tempo na cidade, onde Trump expressou um desejo de dialogar e se reuniu rapidamente com o líder brasileiro, iniciativas diplomáticas devem agora ser colocadas em prática. A primeira fase de diálogos terá a participação de diplomatas de ambos os países, mas é importante ressaltar que o caminho é longo e recheado de desafios.

Dentre os principais desafios, está a maneira como a relação entre Brasil e Estados Unidos se desenvolverá, visto que a presença de sanções e a política exterior dos EUA ainda pairam como sombras nas negociações. Na Assembleia Geral da ONU, mesmo com um aceno positivo, Trump evocou críticas ao Brasil, destacando que a relação até então havia sido insatisfatória para os interesses americanos.

Apoios e críticas na nova relação

Lula e Trump trocaram cordialidades, mas também houve espaço para críticas. O ex-presidente americano fez questão de ressaltar a “química” que sentiu na rápida interação com Lula, mas não esqueceu de abordar as desavenças que atrapalharam até então a relação bilateral. A acareação muitas vezes oferece uma visão diversificada sobre as verdadeiras intenções de cada lado, e é a partir dessa complexidade que o futuro das conversas se desdobrará.

Desafios da COP30: a crise de hospedagem

Com a COP30 marcada para novembro, Lula também utilizou sua visita para atrair a atenção dos líderes mundiais para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que terá como sede a capital paraense. O evento, visto como um marco histórico e uma oportunidade para fortalecer a agenda climática do Brasil, enfrenta sérios problemas de infraestrutura, sendo a crise de hospedagem a mais preocupante.

Com os preços elevados e a escassez de alojamentos adequados, o receio é que muitos representantes estrangeiros decidam enviar delegações menores ou até mesmo se ausentarem completamente, o que poderia comprometer a efetividade da conferência. Lula tem se empenhado em contornar essa situação, exaltando a importância do evento e prometendo um aporte de US$ 1 bilhão para um novo fundo que será lançado durante a COP30.

Promessas para um futuro sustentável

Durante a sua passagem nos Estados Unidos, o presidente brasileiro reforçou a necessidade de contribuições ousadas de outros países para o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), enfatizando que o Brasil está disposto a liderar a luta contra as mudanças climáticas. Contudo, o ceticismo cerca ainda mais as chances de sucesso do evento, especialmente com a retórica contrária de líderes como Trump, que descredencia as iniciativas climáticas globais.

Com tudo isso em jogo, Lula considera a COP30 crucial para comprovar a eficácia das conversas entre as nações quando se trata de colaboração ambiental. “Esta é a COP da verdade”, disse ele, destacando o evento como uma avaliação do compromisso global com questões climáticas e multilateralismo.

O futuro das relações Brasil-EUA

O cenário político em torno da nova administração dos Estados Unidos, com possíveis sanções e a dinâmica de conversação que se desenvolve, será o que definirá os reais passos a serem seguidos por Lula. A disposição de Trump em dialogar pode indicar uma nova fase nas relações bilaterais, mas as dúvidas persistem diante da recente história de inimizade e divisão entre os países. Por enquanto, Lula tenta capitalizar essa oportunidade enquanto navega pelos desafios que sua missão implica.

Resta saber se as movimentações em Nova York serão frutíferas ou se o presidente brasileiro terá que lidar com mais desavenças no futuro próximo. Em breve, o Brasil e sua posição no mundo aparecerão mais uma vez sob os holofotes, especialmente com a COP30 se aproximando rapidamente.

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