Na terça-feira, a especialista em autoritarismo Ruth Ben-Ghiat chamou atenção para um trecho do discurso do ex-presidente Donald Trump na ONU, comparando-o às estratégias de propaganda do fascista italiano Benito Mussolini. A afirmação levanta preocupações sobre o potencial autoritário presente no discurso de Trump.
Trecho controverso na fala de Trump e suas implicações
Durante sua fala, Trump atacou o setor de energia verde, advertindo líderes mundiais: “Se vocês não se afastarem dessa farsa verde, seu país vai fracassar.” Ele também se vangloriou, citando uma camisa com a frase “Trump estava certo sobre tudo” e afirmou: “Tenho uma previsão boa, sabia?”.
O ex-presidente reforçou seu posicionamento ao afirmar: “Se não desistirem da farsa da energia verde, seus países irão fracassar.” Segundo Ben-Ghiat, essa linguagem remete às táticas de manipulação e propaganda utilizadas por regimes autoritários do passado.
Autoritarismo e controle pessoal na liderança de Trump
Ruth Ben-Ghiat, professora de história na Universidade de Nova York, já havia caracterizado a administração Trump como um exemplo de “regime personalista”, no qual “todos se tornam ferramentas pessoais do líder”. A analista aponta que esse tipo de discurso evidencia uma tentativa de consolidar o poder ao atacar inimigos internos e externos.
Sinal de alerta para a democracia
A comparação feita por Ben-Ghiat sugere que a retórica de Trump na ONU contém elementos que podem ser interpretados como ameaças ao funcionamento democrático, por meio da incitação a atitudes autocráticas. O uso de ameaças explícitas à união mundial e à transição energética reforça o entendimento de que há um padrão preocupante de discurso autoritário.
Reações e perspectiva futura
Especialistas afirmam que esse tipo de discurso reforça tendências autoritárias e o uso de narrativas de combate a setores considerados adversários pelo ex-presidente. A comunidade internacional acompanha com atenção os desenvolvimentos futuros, atentos a sinais de crescimento de regimes personalistas em cenário global.
A análise de Ruth Ben-Ghiat reforça a importância de vigilância constante diante de discursos que tentam minar as democracias por meio de estratégias oportunistas e de manipulação da opinião pública.