Brasil, 27 de setembro de 2025
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Direita se mobiliza em Brasília por anistia aos atos de 8 de janeiro

Manifestação será no dia 7 de outubro e promete reunir apoiadores de Jair Bolsonaro em defesa do PL da Anistia.

No próximo dia 7 de outubro, lideranças da direita irão se reunir em Brasília para uma manifestação em apoio ao projeto de lei que prevê anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. O evento, intitulado “Caminhada pela Anistia”, contará com a presença de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A manifestação está agendada para ocorrer no próximo sábado, com concentração às 16h na Catedral Metropolitana de Brasília. De acordo com informações divulgadas, o evento terá participação ativa de familiares dos presos relacionados aos eventos de janeiro. O pastor Silas Malafaia, em um vídeo compartilhado nas redes sociais, destacou a importância das famílias dos envolvidos: “Os artistas são as famílias das pessoas injustiçadas”.

A proposta de anistia em debate

O ato acontece em um contexto de crescente pressão sobre a proposta na Câmara dos Deputados, que recentemente passou a ser referida como PL da Dosimetria. O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já se posicionou contrariamente à ideia de uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, o que representa um golpe nas expectativas dos aliados de Jair Bolsonaro.

Na semana anterior, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que a discussão sobre o projeto requer “mais tempo” antes de ser levado ao plenário. Ele enfatizou: “Não tenho uma temperatura precisa de como tem sido a conversa do relator, até porque ele não conversou ainda com todos os partidos, e eu não conversei com os líderes após a sua passagem de conversa com os deputados de cada bancada, de cada partido. Então eu preciso de um pouco mais de tempo para poder entender qual é o sentimento da casa e decidir sobre pautar ou não o projeto que está sendo relatado pelo deputado Paulinho da Força”.

Caminhada pela Anistia e seu impacto

A “Caminhada pela Anistia” representa um momento de mobilização significativa para as lideranças de direita, mantendo a pressão sobre os legisladores e buscando reverter a recente perda de força do projeto. Na perspectiva dos organizadores, a redução das penas, que poderá beneficiar também o ex-presidente Bolsonaro, é um passo importante para restaurar a imagem de seus apoiadores e reverter a percepção negativa junto à opinião pública.

Além disso, a coleta de apoio nas ruas pode influenciar não apenas os deputados em relação à votação deste projeto específico, mas também moldar o cenário político mais amplo, especialmente à medida que o país se aproxima de novas eleições. As articulações políticas em torno de iniciativas como o PL da Dosimetria são fundamentais para entender as futuras dinâmicas eleitorais e as alianças que poderão surgir ao longo do caminho.

Contexto e repercussão

Os atos de 8 de janeiro, entre eles as invasões ao Congresso e ao Palácio do Planalto, ainda são um tema polêmico na sociedade brasileira, suscitando discussões acaloradas. A proposta de anistia, que é vista por muitos como uma tentativa de minimizar as consequências legais desses atos, enfrenta forte resistência de setores da sociedade que acusam os envolvidos de tentarem enfraquecer as instituições democráticas.

É nesse cenário que a manifestação programada para o dia 7 de outubro ganha relevância, destacando os esforços da direita em galvanizar apoio temporal e emocional entre os seus apoiadores. Assim, a caminhada não apenas reflete a luta política em andamento, mas uma tentativa de unir as vozes que clamam por um retorno ao poder, confiantes de que a anistia representa uma saída para restaurar a normalidade pós-desdobramentos de janeiro.

À medida que a data se aproxima, as expectativas em torno da participação nas ruas e nas redes sociais crescem. Além da mobilização dos líderes, muitos olhares estarão voltados para Brasília, aguardando a repercussão do ato e as respostas que virão do governo e do parlamento.

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